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Voltei!

Momentos de crise e limitações costumam impulsionar a arte a se reinventar com criatividade. Longe de querer idealizar as dificuldades, a ideia de que os realizadores podem encontrar soluções inventivas pode confirmar um papel de crítica social e uma capacidade de superar obstáculos de produção. Esses aspectos recobrem “Voltei!”, uma distopia que imagina o Brasil…


Horror Noire: A Representação Negra no Cinema de Terror

Ao longo de sua vida, você sempre se sentiu representado no cinema? Se a resposta for afirmativa, pode ser interessante refletir se essa não seria uma condição privilegiada. Isso porque a população negra lida com as dificuldades de não se ver em tela de forma respeitosa e significativa. Essa questão levou a pesquisadora Robin R. Means Coleman a estudar o tema sob a perspectiva do cinema de terror. O estudo da autora proporcionou a publicação do livro “Horror Noire” em 2011, que serviu de base para a realização do documentário homônimo em 2019.

Sob a direção de Xavier Burgin, o filme de abertura do CineFantasy de 2021 percorre diferentes períodos da história para analisar e discutir diversas representações das pessoas negras no cinema de terror nos EUA. A narrativa parte do impacto de “Corra” de Jordan Peele, exemplificado pela força de sua história e pela premiação de roteiro original no Oscar de 2018, e retorna ao passado para examinar a trajetória do tema desde as origens do cinema. Essas análises são movidas pelos relatos, impressões, experiências e emoções de realizadores e realizadoras negros e negras, como Keith David, Rachel True, Tony Todd, Paula Jai Parker, Ken Foree, Jordan Peele, Loretta Devine e Ashlee Blackwell, além da própria Robin Coleman.

Como o cenário nem sempre foi tão favorável como em “Corra”, o documentário retorna aos anos 1990 para traçar uma sequência linear a respeito das pessoas negras à frente e atrás das telas. Para isso, a narrativa situa contextos históricos que contribuíram para uma representação depreciativa e estereotipada da população negra, começando em 1915 por “O Nascimento de uma Nação” que vilaniza os personagens negros e celebrava a Ku Klux Klan. A obra de D. W. Griffith não seria tradicionalmente considerada de terror, mas para o povo negro é uma demonstração do horror que se materializou na sociedade norte-americana com o recrudescimento da violência dessa organização racista. Em outros momentos da história, o diretor nos apresenta através de arquivos de época e registros jornalísticos, outros fatos políticos que influenciaram as artes, como os assassinatos de Martin L. King e Malcolm X, a violência policial e manifestações de supremacistas brancos.

Aproveitando-se da ligação entre política, sociedade e arte, o filme também percorre diferentes representações problemáticas nesse gênero a partir de imagens e exemplos significativos. Vemos estereótipos e preconceitos, dentre eles o homem negro que deseja obsessivamente mulheres brancas; monstros e alienígenas construídos como símbolos para a população negra; a mulher negra altamente sexualizada e objetificada; as primeiras vítimas de assassinos em filmes slasher; a caracterização do fiel serviçal ou da figura de sacrifício para um personagem branco sobreviver; o alívio cômico de expressões exageradas e olhos saltados; as sacerdotisas praticantes de vodu como uma religião maligna, entre outros. As conclusões da autora ganham ainda mais força quando podem ser visualizadas por trechos de obras como “King Kong”, “O Iluminado” e “Sexta-feira 13” – em cada caso, a narrativa mostra como homens negros e mulheres negras não tinham suas próprias histórias independentes nessas obras.

Em compensação, podemos ver também momentos e produções do gênero que buscam representações fora dessas questões problemáticas, apesar de ainda poderem receber críticas. Foi assim com os trabalhos de realizadores como Spencer Williams, Laura Bowman e Earl Morris, por exemplo; a importância do protagonista negro em “A Noite dos Mortos-Vivos” em 1968; o movimento Blaxploitation na década de 1970 com a presença maior de homens negros e mulheres negras em diferentes setores artísticos; o resgate do protagonismo nos anos 1990 com “Candyman”; e o mergulho explícito em questões sociais contemporâneas à transição para os anos 2000. Ao invés de abordarem acriticamente cada título, os artistas e Robin Coleman problematizam, por exemplo, os estereótipos novos de cafetina e cafetão surgidos no Blaxplotation e a perseguição de uma mulher branca por um homem negro em “Candyman”.

Apesar das problematizações e eventuais críticas, também necessárias para debates artísticos e sociais, os filmes com uma representação mais complexa impactam afetivamente os homens e as mulheres que se expressam com seus relatos de experiência. Em alguns momentos, inclusive, é enriquecedor ver Tony Todd falar de “Candyman”, Rachel True comentar “Jovens Bruxas” e outros artistas analisarem seus próprios trabalhos ou de colegas. Dividir as sensações de assistir a narrativas que destacam, invisibilizam ou desqualificam são essenciais para apresentar a importância da representatividade, empatia e da diversidade cultural e social – assim, é extremamente significativo ouvir as falas de tantas pessoas que demonstram o poder de histórias em que homens negros e mulheres negras podem ser heróis e não se resumem a estereótipos ou clichês.

Nesse sentido, filmar os relatos dos artistas e da pesquisadora numa sala de cinema é bastante expressivo da proposta do documentário: como o cinema de terror alcança ou não as pessoas negras nas suas representações ou em suas ausências. Além disso, a ambientação na sala de exibição e as falas de cada pessoa abordam três pilares vitais para produções artísticas representativas e portadoras de olhares sensíveis: a presença das pessoas negras nos filmes de terror, a representação cuidadosa das pessoas negras nos filmes de terror e a possibilidade real de criação das pessoas negras para os filmes de terror.

Partindo de “Corra” no contexto atual para explorar outras décadas da história do cinema, o documentário retoma ao final da narrativa a atualidade e olha para o futuro. Chegamos enfim a um cenário no qual não se sustentam mais representações preconceituosas e se estabeleceram de vez discussões raciais com grande força. E nesse novo panorama, “Horror Noire” em suas versões literária e cinematográfica é um documento histórico fundamental para repensarmos o valor social da arte e sua importância para transformações nas mentalidades e relações políticas.


#84 – Garota Sombria Caminha pela Noite

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#84 - Garota Sombria Caminha pela Noite
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E no episódio de hoje eu (Euller Felix) e o Matheus Maltempi recebemos a Flávia Guerra para conversarmos sobre esse, que é um dos melhores filmes dos últimos dez anos, GAROTA SOMBRIA CAMINHA PELA NOITE!

 

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Artes do episódio por Juliana de Melo 

Edição feita por Euller Felix

Fuja

Chegou recentemente ao catálogo de streaming da Netflix o filme “Fuja” (Run), que foi bem elogiado e recebido pelo público em geral, mas principalmente aqueles que já gostam de cinema de horror. Um resumo do enredo do filme: Chloe (Kiera Allen) é uma adolescente que sofre com diversas doenças, dentre elas a paralisia que a…


Bela Vingança

Em um diálogo de “Bela Vingança”, na última parte do filme, um personagem diz que um dos maiores medos de um homem é ser atrelado a uma acusação de assédio. Cassandra, protagonista do filme, pergunta se ele sabe qual é o maior medo de uma mulher. Esse pequeno diálogo, de quatro frases, mais ou menos,…


#83 – O Nevoeiro

Necronomiconversa
#83 - O Nevoeiro







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E no episódio de hoje eu (Euller Felix) e o Matheus Maltempi recebemos o Rodrigo Basso para conversarmos sobre O NEVOEIRO!

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Edição feita por Euller Felix

Todos os meus amigos estão mortos

Todos nós nos vemos perdidos no emaranhado de filmes e séries que estão disponíveis nos diversos serviços de streaming. Dentro desse imenso mar de filmes muitas vezes nos vemos perdidos e em alguns casos passamos mais tempo procurando o que assistir do que de fato assistindo. Foi em uma dessas aventuras que eu me deparei…


Becky

É muito difícil olhar para o Kevin James e enxergar nele um vilão. Isso foi resolvido de uma forma bem simples em “Becky”, filme que chegou ao Telecine Play nessa semana, fizeram com que ele fosse um personagem nazista com uma tatuagem de suástica bem na cabeça. A história se parece com as clássicas de…


Fantaspoa anuncia os primeiros 25 filmes de sua 17ª edição

Festival Internacional de Cinema Fantástico de Porto Alegre, que acontece entre 9 e 18 de abril, terá 50 longas-metragens exibidos gratuitamente pelo serviço de streaming Darkflix

O Fantaspoa – Festival Internacional de Cinema Fantástico de Porto Alegre -, anunciou os primeiros 25 filmes que serão exibidos na 17ª edição do maior evento de cinema do gênero fantástico (fantasia, ficção-científica, horror e thriller) da América Latina. O festival neste ano será de 9 a 18 de abril, apresentando gratuitamente 150 produções, sendo que 50 longas-metragens e 100 curtas-metragens na plataforma de streaming Darkflix. A projeção é que o festival seja acompanhado por um público de 100 mil espectadores.

Dentre estes 25 títulos, três terão sua primeira exibição pública no mundo no festival: os norte-americanos “Este Jogo Se Chama Assassinato”, de Adam Sherman e “Mister Limbo”, de Robert G. Putka; e o iraniano “O Grande Salto”, de Karim Lakzdeh.  Cinco estarão em première internacional, 10 em première latino-america e seis em première brasileira.

“Esta seleção reforça o Fantaspoa como a mais importante janela de exibição da produção fílmica do gênero fantástico da América Latina”, comentam os organizadores João Fleck e Nicolas Tonsho.

Entre os filmes anunciados, estão longas-metragens de 17 países, dentre eles, Argentina, Austrália, Holanda, Hungria, Japão, Rússia e Taiwan. O norte-americano “Frank e Zed”, animação que levou sete anos para ser produzida, será exibida pela primeira vez no Brasil durante o festival.

Também está nesta lista inicial com exibição inédita na América Latina o filme “A Dark, Dark Man”, uma coprodução entre a França e o Cazaquistão, previamente exibida no festival de Roterdã. E será apresentado pela primeira vez no Brasil o longa taiwanês “Get the Hell Out”, que teve sua première no Festival Internacional de Toronto.

Dentre as obras anunciadas, encontram-se filmes que foram exibidos em eventos de cinema de prestígio internacional, como Festival Internacional de Cine de Mar del Plata, Moscow International Film Festival, San Sebastián Film Festival, Sitges Film Festival, SXSW Film Festival, Tallin Black Nights e Warsaw Film Festival.

Ainda segundo os organizadores, “é uma programação inigualável em qualquer festival de cinema fantástico na América Latina, reforçando o caráter curatorial do evento, trazendo uma variedade de países, gêneros cinematográficos e priorizando a qualidade do conteúdo apresentado”.

Além das exibições de filmes, o Fantaspoa neste ano está realizando gratuitamente 14 atividades de formação, que acontecem semanalmente até o dia 8 de abril. Nomes como de Lourenço Mutarelli, ator, professor e escritor; da atriz Luciana Paes, cujo premiado trabalho inclui novelas globais e filmes prestigiados internacionalmente; do ator Silvero Pereira, que eternizou recentemente o personagem Lunga no aclamado longa “Bacurau”; e de Dane Taranha, jornalista e radialista, estão apresentando oficinas temáticas de cinema pelas redes sociais do festival.

O Fantaspoa é financiado com recursos da Lei 14.017/2020, a Lei Aldir Blanc.

Reprodução: Post Mortem

Confira os 25 primeiros filmes anunciados:

Bloodshot Heart, de Parish Malfitano

2020, Thriller/Drama, Austrália

Aos 44 anos, Hans, um tímido instrutor de auto-escola, ainda mora com a sua mãe. Quando a jovem Matilda aluga um quarto em sua casa, ele revive velhas memórias e fica perdidamente apaixonado. Para conseguir conquistar o amor dela, Hans cria um perigoso plano.

 

A Cabelereira, de Jill Gevargizian

The Stylist, 2020, Horror/Drama, EUA

Poucas coisas na vida são mais empolgantes do que um novo penteado. Mas as clientes de Claire nem sempre estão preparadas para o resultado dos seus cortes… Claire leva uma vida dupla como uma meticulosa serial killer; e a crescente obsessão com uma de suas clientes pode despertar o pior dela.

 

Carroña, de Eric Fleitas e Luciana Garraza

2019, Ação/Crime/Horror, Argentina

Em um mundo pós-apocalíptico com regras próprias, Tisha, uma assassina e traficante de órgãos, busca vingança por um crime que marcou sua vida.

 

O Cemitério das Almas Perdidas, de Rodrigo Aragão

2020, Aventura/Horror/Fantasia, Brasil

Corrompido pelo poder do livro negro de Cipriano, um jesuíta e seus seguidores iniciam um reinado de terror no Brasil colonial, até serem amaldiçoados a viver eternamente presos sob os túmulos de um cemitério.

 

Cisto, de Tyler Russell

Cyst, 2020, Horror/Ficção-Científica, EUA

Na década de 1960, um médico de uma pequena cidade inventa um laser para remover anormalidades da pele. Ele faz de tudo para obter a patente de sua máquina, mas sua enfermeira acha que a máquina é perigosa e não está pronta. Sua teimosia faz com que a máquina funcione mal, gerando um cisto monstruoso que cria vida.

 

Dancing Mary, de SABU

2019, Horror/Fantasia, Japão

Kenji faz parte da equipe de construção de um shopping center. Para isso, um antigo salão de dança deve ser destruído, mas os esforços para demolir o prédio são sabotados por um poder misterioso. Nenhum exorcista consegue encontrar a solução, mas a estudante Yukiko, que tem a habilidade de falar com fantasmas, descobre que é o espírito da dançarina Mary que amaldiçoa o local.

 

Danger! Danger!, de Lexie Findarle Trivundza e Nick Trivundza

2020, Ação/Aventura/Ficção-Científica, EUA

É 1985 e o aventureiro Jonathan Danger faz um pouso forçado em uma ilha da costa da África. Ele procura um templo secreto que pode ser sua passagem para voltar no tempo. Mas os soviéticos chegaram primeiro – e também querem mudar o passado. Mesmo sequestrado e com  um pulmão perfurado, Danger não desistirá de seu objetivo.

 

A Dark, Dark Man, de Adilkhan Yerzhanov

2019, Thriller/Drama, Cazaquistão/França

Um menino é morto em uma pequena cidade do Cazaquistão. O detetive Bekzat quer encerrar rapidamente o caso: afinal, um culpado já foi encontrado pela polícia local. Mas, quando chega uma jornalista da cidade grande, tudo desmorona. Agora, Bekzat deve conduzir uma investigação real, seguindo os protocolos, pela primeira vez em sua carreira.

 

Este Jogo Se Chama Assassinato, de Adam Sherman

This Game’s Called Murder, 2021, Thriller/Comédia, EUA

Um conto moderno de humor negro sobre ganância, romance e inocência perdida em uma sociedade alienada e devotada ao consumo e à exposição nas redes sociais.

 

Frank e Zed, de Jesse Blanchard

Frank & Zed, 2020, Animação/Horror, EUA

O zumbi Zed e o cadáver reanimado Frank, são inimigos, mas dependem um do outro para sobreviver e vivem isolados, até que um magistrado faminto por poder engana um grupo de aldeões para atacar seu castelo solitário, cumprindo uma antiga profecia: A Orgia do Sangue.

 

O Grande Salto, de Karim Lakzadeh

Shirjeh-ye Bozorg, 2021, Fantasia, Irã

Mard e Maryam embarcam em uma viagem cheia de aventuras para encontrar uma criança perdida junto com três integrantes remanescentes de uma trupe circense.

 

Get the Hell Out, de I-Fang Wang

2020, Comédia/Horror, Taiwan

Wang é um frustrado segurança do parlamento de Taiwan. Um incidente leva à demissão da legisladora Hsiung, que pede a Wang para substituí-la no próximo mandato, propondo atuar como sua assistente. Assim, o atrapalhado Wang se torna o novo membro do legislativo – e terá que enfrentar a corrupção, além de um apocalipse zumbi.

 

Hawk e Rev: Matadores de Vampiros, de Ryan Barton-Grimley

Hawk and Rev: Vampire Slayers, 2020, Comédia/Horror, EUA

Philip “Hawk” Hawkins não sonha apenas em matar vampiros – ele come, dorme, e respira desejando isso. Depois de ser expulso do Exército por esfaquear outro soldado, Hawk fica entediado de trabalhar como segurança noturno em sua cidade natal, Santa Muerte, e decide, junto com seu parceiro Rev, ir atrás dos sanguinários vampiros.

 

História do Oculto, de Cristian Ponce

Historia de lo Oculto, 2020, Horror, Argentina

Na última transmissão de “60 Minutos Antes da Meia-Noite”, o programa jornalístico mais assistido da televisão, a estrela da noite é Adrián Marcato, que se prepara para desvendar os laços do presidente com o satanismo.

Kontora, de Ansul Chauhan

2019, Drama/Mistério/Fantasia, Japão

Guiada pelo diário escrito por seu avô durante a Segunda Guerra Mundial, a jovem Sora procura por um tesouro na floresta de sua cidade natal. Enquanto isso, um misterioso morador de rua mudo que caminha de costas poderá ser o catalisador para recompor o relacionamento abalado de Sora com o seu pai.

 

Marionete, de Elbert van Strien

Marionette, 2020, Mistério/Thriller, Holanda/Luxemburgo/Reino Unido

A psiquiatra infantil Marianne se muda para a Escócia a fim de começar uma nova vida. Um de seus novos pacientes é Manny, uma criança calada e enigmática de dez anos que faz desenhos de eventos traumáticos e diz controlar o futuro. Quando os desenhos obscuros se tornam realidade, Marianne inicia uma busca obsessiva que mudará sua vida para sempre.

 

Mate Enterre Ganhe, de Michael Lovan

Murder Bury Win, 2020, Comédia/Crime/Horror, EUA

Três amigos criam um jogo de tabuleiro, porém se frustram quando a campanha de crowdfunding para lançá-lo comercialmente fracassa. Um misterioso homem propõe distribuí-lo como seu criador, entretanto uma disputa pelos direitos do produto deixa o trio com um cadáver nas mãos. Eles logo percebem que, estranhamente, o acidente que culminou na fatalidade se parece com sua criação.

 

Mister Limbo, de Robert G. Putka

2021, Drama/Comédia/Fantasia, EUA

Dois estranhos acordam no meio do deserto sem memória de nada – incluindo seus nomes. Eles estão mortos ou apenas estiveram curtindo sem limites? Uma odisseia cinematográfica que fala sobre amizade, arrependimento, cinismo, fé e empatia.

 

Moscou Não Acontece, de Dmitry Fedorov

Moskvy ne byvayet, 2020, Comédia/Thriller/Ficção-Científica, Rússia

Numa pequena cidade russa cheia de segredos, Lesha conhece a bela Masha. Ela mostra fotos deles, das quais ambos não conseguem se lembrar. Lesha descobre também que seu pai desaparecido faleceu faz alguns dias, deixando uma série de bilhetes misteriosos. Enquanto isso, uma gangue local e um misterioso homem de Moscou passam a persegui-los.

 

Noturna – A Noite do Velho Homem, de Gonzalo Calzada

Nocturna – La Noche del Hombre Grande, 2020, Drama/Mistério/Thriller, Argentina

A história de Ulisses, um homem de quase 100 anos e que está à beira da morte. Na última noite de sua vida, mentalmente fragilizado e torturado pelo remorso, ele vivencia algo que o obriga a repensar seu passado, seu presente e sua visão sobre a realidade.

 

Playdurizm, de Gem Deger

2020, Drama/Fantasia/Horror, República Tcheca

Quando um adolescente se vê preso em uma realidade alternativa com seu ídolo do cinema, ele faz tudo em seu alcance para ser possuído por este homem, ignorando as evidentes pistas de como ele foi parar lá.

 

Post Mortem, de Péter Bergendy

2020, Horror/Mistério/Thriller, Hungria

No inverno de 1918, Tomás, um jovem que trabalha com fotografia post-mortem, acaba em uma pequena aldeia húngara. Os estranhos sons noturnos, as mortes misteriosas e as figuras sombrias que aparecem em suas fotos o impelem a ir embora. Mas Tomás retorna à aldeia para investigar as intenções dos fantasmas e encontrar uma maneira de se livrar deles.

 

Querida, Você Não Vai Acreditar, de Yernar Nurgaliyev

Zhanym, Ty Ne Poverish, 2020, Comédia/Horror, Cazaquistão

Após brigar com sua esposa, que está grávida de quase 9 meses, Dastan, incapaz de suportar os constantes xingamentos, decide fugir para passar um dia com seus dois melhores amigos. Os homens planejam ir pescar, mas uma série de acontecimentos imprevistos e incompreensíveis mudarão drasticamente seus planos.

 

Sangue Vurdalak, de Santiago Fernandéz Calvete

2020, Horror/Thriller, Argentina/Singapura

Após matar um vampiro, um homem volta para casa durante a hora mágica, entre o dia e a noite, sem saber se ainda é um homem ou se foi transformado em um monstro. Sua família precisa descobrir antes que seja tarde demais.

O Som da Violência, de Alex Noyer

Sound of Violence, 2021, Horror/Thriller, EUA/Finlândia

Aos 10 anos, em meio ao brutal assassinato de sua família, Alexis recupera sua audição e desenvolve habilidades sinestésicas. Adulta, ela descobre o prazer nos sons de lesões corporais e segue uma carreira na música, compondo sua obra-prima por meio de terríveis assassinatos.

Reprodução: Frank e Zed

Serviço:

O quê: XVII Festival Internacional de Cinema Fantástico de Porto Alegre (Fantaspoa)

Quando: de 9 a 18 de abril

Onde: Darkflix

Quanto: gratuito


ALÉM DE FILMES, “MOSTRA STEPHEN KING” TRAZ ATIVIDADES PARALELAS ON-LINE E PRESENCIAIS

A mostra “Stephen King: O medo é seu melhor companheiro”, apresentada e patrocinada pelo Centro Cultural Banco do Brasil, também traz em sua programação debates, palestra, master class e lives com profissionais convidados. Participam dos encontros, especialistas que trabalham com obras do gênero do terror, como pesquisadores, jornalistas, críticos, tradutores, escritores, curadores e até mesmo uma criminóloga.

Os debates e as lives não terão inscrição prévia e irão acontecer no canal da BLG Entretenimento no YouTube e no perfil da produção no Instagram, respectivamente.

Hoje (25), às 19h45, acontece o debate presencial “Stephen King e o Cinema”, com o crítico de cinema Marcelo Seabra, o jornalista Fernando Tiburcio, a curadora Rita Ribeiro e Breno Lira Gomes, que mediará o encontro. O bate-papo acontece após a exibição de “Carrie, A Estranha” no CCBB Belo Horizonte.

Amanhã, se iniciam os encontros on-line. Às 19h30, os curadores Rita Ribeiro e Breno Lira Gomes irão falar sobre a mostra, sobre Stephen King e outros assuntos relacionados à retrospectiva pelo perfil no @blgentretenimento, no Instagram.

Breno é jornalista e produtor cultural, em 2012 fundou a produtora BLG Entretenimento, responsável pela mostra. Ele faz a curadoria do festival Maranhão na Tela desde 2007. Assinou a curadoria e coordenação geral das mostras El Deseo – O apaixonante cinema de Pedro Almodóvar; Cacá Diegues – Cineasta do Brasil; Simplesmente Nelson; A luz (imagem) de Walter Carvalho; O maior ator do Brasil – 100 anos de Grande Othelo; Pérola Negra: Ruth de Souza; Tim Burton e suas histórias peculiares; Monstros no Cinema; Fábrica de Sonhos – Mostra de Animação; Mostra de filmes A beleza sombria dos monstros: 10 anos de A arte de Tim Burton; Stephen King – O medo é seu melhor companheiro; e macaBRo – Horror brasileiro Contemporâneo.

Rita é doutora em Geografia, mestre em Comunicação Social e Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Design da Universidade do Estado de Minas Gerais. Também atua como líder do Grupo de Pesquisa Design & Representações Sociais, suas pesquisas concentram-se nas relações estabelecidas entre o design, as novas gerações, os processos de consumo e as artes, em especial o cinema e nos gêneros terror e ficção científica. Ela também é autora dos livros “Design & Arte: entre os limites e as interseções” (2014), “Tempo & Design: as gerações e suas lógicas de consumo” (2018) e  “O Quarteirão do Soul: identidade e resistência no asfalto” (2020). Entre os cursos ofertados na área de cinema podemos destacar: Star Trek: A ficção científica traduz os medos do homem (2013), Strange People: o cinema ímpar de Tim Burton (2017) e Monstros no Cinema (2018).

 

Mais quatro lives on-line acontecem durante o evento, sempre às 19h30:

 

02 de março – Bate-papo entre a tradutora Regiane Winarski e a curadora Rita Ribeiro

09 de março – Bate-papo entre o escritor Cesar Bravos e a curadora Rita Ribeiro

11 de março – Bate-papo entre o pesquisador Carlos Primati, o cineasta Marcello Trigo e o curador Breno Lira Gomes

16 de março – Bate-papo entre a escritora Ilana Casoy e a curadora Rita Ribeiro

 

No dia 06 de março, às 18h, os internautas poderão assistir a Palestra on-line “O Terror na Literatura”, ministrada pela curadora Rita Ribeiro. A transmissão será ao vivo via plataforma Zoom. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas a partir de hoje (25), via plataforma Sympla.

https://www.sympla.com.br/palestra-o-terror-na-literatura—com-rita-ribeiro__1130409

 

Dia 13 de março, às 10h30, é a vez da Master Class presencialO Horror que nos Rodeia: da Literatura para o Cinema”, também ministrada pela curadora Rita Ribeiro. Os interessados em participar deverão retirar o ingresso de acesso no site Eventim a partir do dia 10 de março. Será permitida apenas a retirada de um ingresso por pessoa. As vagas são limitadas e será oferecido certificado de participação.

 

Também no dia 13 de março, às 19h, acontece o debate on-line “A Literatura de Terror no Cinema” com a tradutora Regiane Winarski, o editor do site stephenking.com.br Edilton Nunes, a curadora Rita Ribeiro e o curador Breno Lira Gomes como mediador. A transmissão será ao vivo no canal da BLG Entretenimento no YouTube. Não é necessária inscrição prévia.