Todos nós nos vemos perdidos no emaranhado de filmes e séries que estão disponíveis nos diversos serviços de streaming. Dentro desse imenso mar de filmes muitas vezes nos vemos perdidos e em alguns casos passamos mais tempo procurando o que assistir do que de fato assistindo. Foi em uma dessas aventuras que eu me deparei com o filme polonês “Todos os meus amigos estão mortos”, disponível na Netflix, assisti ao trailer e me animei e consequentemente ao filme. 

A cena de abertura é literalmente um final de festa. Vemos apenas o que restou de uma noite da festa de fim de ano caótica que resultou na morte de todas as pessoas que estavam presentes na celebração. O que fica é a mesma dúvida dos investigadores daquele caso: o que poderia ter acontecido para tudo aquilo acontecer? 

A partir disso vamos ao passado entender quais foram os eventos e por qual motivo eles aconteceram para chegar em um final tão trágico como aquele que vimos na abertura. Somos apresentados a uma série de personagens que são estudantes, com arquétipos que todo mundo já viu nos típicos filmes escolares. Durante a primeira metade do filme vemos que tudo o que aconteceu foi desencadeado por uma série de atitudes feitas por esses personagens na tentativa de esconder um assassinato por acidente que aconteceu na festa.

“Todos os meus amigos estão mortos” é mais um daqueles filmes de horror e comédia cheio de mortes bizarras que acabam proporcionando um riso por conta das circunstâncias. É aquele tipo de obra que você vai vendo todas aquelas situações e ficando abismado com as consequências que tudo vai gerando. 

Fora os personagens estudantis que conhecemos, os dois oficiais que aparecem na cena inicial investigando o caso nos deixam bem curiosos para saber um pouco mais sobre eles. Muitas perguntas ficam na cabeça com os diálogos que eles têm, e que nos deixa querendo entender e saber mais sobre as histórias deles ou curiosos para saber quais outras histórias eles poderiam nos proporcionar. 

Há, inclusive, alusão a teoria de que há vários universos, e que nesses universos há diversas versões da realidade, onde em umas deu tudo certo e outras deu tudo errado. A versão do filme, a que estamos assistindo, é uma versão em que tudo deu absurdamente errado. Há apenas uma citação e uma cena que demonstra a efetividade dessa teoria, mas que acaba deixando claro de que aquilo tudo que foi dito é verdade. 

Não há moral no filme, não há mensagem, não há personagens necessariamente bons e nem necessariamente ruins. “Todos os meus amigos estão mortos” é aquele filme que só tem um objetivo: te entreter por uma hora e meia, e talvez, te fazer dar risada algumas vezes.