Autor: <span>Matheus</span>

O sucesso e os números assombrosos da mostra macabro – Horror Brasileiro Contemporâneo

O poder de adaptação do ser humano é impressionante. Por mais adversas que sejam as circunstâncias, as pessoas encontram resiliência para lidar com problemas, se adaptar a mudanças e superar obstáculos. E neste momento, todos estão vivendo algo parecido desde meados de março, quando a quarentena causada pelo Covid-19 teve início. Pessoas e diferentes setores precisaram se adequar à essa nova realidade.

Não foi diferente para o mercado cinematográfico e suas mostras e festivais. Os eventos desse segmento inovaram. Suas edições físicas foram substituídas pela versão online em vários países, inclusive no Brasil, dando oportunidades aos cineastas de divulgarem suas obras e ao público de ter acesso à tais conteúdos de forma segura.

A mostra macaBRo – Horror Brasileiro Contemporâneo seguiu este exemplo. Patrocinada pelo Centro Cultural Banco do Brasil e produzida pela BLG Entretenimento, o evento aconteceu entre os dias 28 de outubro e 23 de novembro (com direito a mais cinco dias extras). De forma totalmente online e gratuita, a mostra fez um passeio sinistro pela produção audiovisual brasileira de horror através da plataforma Darkflix, serviço de streaming focado em filmes de terror, ficção científica, fantasia e suspense. Foram exibidos 44 filmes, entre longas e curtas-metragens da nova geração de diretores e diretoras, assim como de nomes consagrados como José Mojica Marins, o Zé do Caixão.

O público teve acesso às produções de Dennison Ramalho, Gabriela Amaral Almeida, Alice Furtado, Rodrigo Aragão, Marco Dutra, Guto Parente, Clarissa Appelt, Ian Abé, Luciano de Azevedo, Samuel Galli, e muitos outros. Além da exibição dos filmes, a mostra também realizou um curso sobre a trajetória do horror no cinema brasileiro (ministrado por Carlos Primati), palestras, debates e inúmeras Lives com convidados especiais, como os atores Antônio Fagundes, Virginia Cavendish, Luciana Paes, Murilo Benício, Bianca Comparato, Nicolas Prattes e diretores participantes da mostra.

E o resultado do projeto foi positivo. De acordo com os dados da Darkflix, os filmes da programação tiveram cerca de 80 mil visualizações, com um tráfego em torno de 550 mil acessos durante o período da mostra. A disponibilização do conteúdo no formato online teve um alcance expressivo e possibilitou que pessoas de todo o território nacional tivessem acesso às produções exibidas na plataforma.

Segundo a assessoria de imprensa do serviço de streaming, tais parcerias criam a oportunidade de apresentar a plataforma para pessoas que ainda não conhecem o serviço. “Em contrapartida, a Darkflix tem a chance de apoiar, contribuir e participar deste tipo de iniciativa, acreditamos que isso é nossa obrigação, fomentar o cinema e seus realizadores”, completa.

Os longas-metragens ficaram liberados por 24 horas no streaming e foram exibidos duas vezes dentro da programação. Já os curtas estavam disponíveis por até uma semana.

Todas as obras foram assistidas, mas algumas se destacaram. A produção mineira “#ninfabebê”, suspense de Aldo Pedrosa que aborda temas como o exibicionismo, voyeurismo e o uso excessivo das mídias sociais, foi a surpresa da mostra, sendo o filme mais visto. Outros longas também se sobressaíram: “Morto Não Fala”, elogiada obra de Dennison Ramalho com participação de Daniel de Oliveira, Fabiula Nascimento, Bianca Comparato e Marco Ricca; “A Casa de Cecília”, mistério dirigido por Clarissa Appelt; “Terminal Praia Grande” de Mavi Simão; “O Nó do Diabo”, filme produzido pela Vermelho Profundo e exibido em 5 episódios; além de “O Clube dos Canibais”, de Guto Parente, e “O Cemitério das Almas Perdidas” do cineasta Rodrigo Aragão.

 

 

Já os curtas mais assistidos foram, “Amor Só de Mãe”, “Ninjas” e “Nocturno” do homenageado Dennison Ramalho, seguido por “O Saci”, dirigido pelo mestre do terror, José Mojica Marins e “Uma Primavera”, curta de Gabriela Amaral Almeida, também homenageada na mostra.

Segundo Breno Lira Gomes e Carlos Primati, curadores da macaBRo, as expectativas sobre o evento eram positivas. “Pela minha experiência com outros projetos similares, sabia que esse era um nicho forte e bastante presente em eventos, acontece que os resultados finais ficaram bem acima do que eu esperava”, comenta Breno. “Fiquei muito feliz e satisfeito com esse resultado. Junto a isso tivemos mais de 1.400 pessoas que participaram ativamente das nossas atividades no momento que elas aconteceram”, ressalta.

Para Primati, o sucesso do projeto mostra que existe público para o cinema brasileiro “e também há público para os filmes de terror feitos no Brasil, precisávamos de um evento bem organizado, divertido, democrático, amplo e acessível para que as pessoas aderissem e participassem.”

Ambos também concordam sobre o que consideram uma desvantagem no evento online: a falta de interação presencial com o público. “Eu gosto muito do formato online, acho perfeito para a nova realidade, não deste ano em que as pessoas estão sendo obrigadas a ficar em confinamento, mas à realidade da praticidade do streaming e do fácil acesso a conteúdo”, diz Primati. “A desvantagem é não poder encontrar essas pessoas e debater ao vivo esses filmes, conversar sobre cinema em geral. A falta de contato é a grande desvantagem, mas isso em parte foi sanado com alguns participantes da mostra criando grupos de Whatsapp para falar sobre esses filmes e outros eventos online”, conclui.

Breno também acredita que esta é a única desvantagem e ressalta o principal ponto positivo: “poder chegar a lugares que se fosse um evento presencial, a gente não chegaria. O projeto on-line amplia nosso público, proporciona que o fã de terror do interior do país, possa ter acesso a filmes que se não fosse assim, talvez ele não assistiria”.

Sobre o futuro da mostra macaBRo, os curadores confessam que existe o desejo de manter o projeto e realizar edições anuais. “As únicas coisas que temos certeza é que vamos manter a parceria, continuar contemplando a produção de horror no Brasil e que pelo menos parte dela será online, pois se provou um formato bem-sucedido, e a casa da mostra sem dúvida alguma é a DarkFlix”, conta Primati.

“No momento estamos fazendo um balanço, vendo o que funcionou e o que não funcionou tão bem”, lembra Breno que ainda quer formalizar a ideia, decidir como irão prosseguir a partir de agora. “Se depender de nós, em 2021 teremos mais uma mostra macaBRo e mantendo o formato on-line”, adianta o curador.

 

 


“Dossiê de Causos Mal Resolvidos” disponível gratuitamente na Amazon por 3 dias!

O que é “Dossiê de Causos Mal Resolvidos”?

O “Dossiê de Causos Mal Resolvidos” é um livro de quatro contos de horror escritos por quatro escritores de carreira emergente do interior paulista. E prefaciado por um escritor mais experiente do gênero.

O contexto do livro

Atualmente, a ficção especulativa vive um de seus melhores momento no país. É um gênero muito ligado ao público crescente que hoje assiste filmes de super-heróis, séries de fantasia como Game of Thrones e vão na Comic Con brasileira, que hoje é a maior do mundo em número de participantes. Isso se reflete também no mercado editorial. Na lista parcial das 20 obras mais vendidas de 2019, segundo o site Publishnews, sete títulos de ficção especulativa aparecem.

Para termos uma ideia desse crescimento basta olharmos para o exemplo da editora Aleph, especializada no lançamento de clássicos da ficção científica. Ela existe desde 1984, mas só entre 2013 e 2014 cresceu 98%. Paralelamente a esse movimento, a fantasia nacional se destacava com os fenômenos editoriais das séries vampirescas de André Vianco, com “A batalha do Apocalipse”, de Eduardo Spohr e a trilogia “Dragões de Éter”, de Raphael Draccon.

Por outro lado, muito do que é produzido nesse gênero ainda é comandado principalmente pela cultura anglo saxônica e européia, que contém seus elementos próprios e particularidades. Um diferencial, portanto, de se fazer ficção especulativa fora desse eixo é explorar o background cultural e as diversidades regionais próprias a outras culturas.

Sendo assim, decidimos pensar num projeto que considera a geografia e riqueza cultural do interior paulista e de suas tradições como particularidades a serem exploradas, uma vez que todas as nossas histórias se passam no interior paulista e contarão com as experiências e vivências de cada um dos autores nascidos nesta região.

Considerando também que a ficção especulativa tem muito de suas raízes em contos e historietas tais como os clássicos “Histórias Extraordinárias” de Edgar Allan Poe, os livros de contos de H.P. Lovecraft ou as publicações dos contos estranhos da revista pulp “Weird Tales”, o projeto assume também a contação de histórias curtas de ficção especulativa do gênero de terror.  Apropriando-se desde já do linguajar caipira que este projeto se propõe a fazer, elas são chamadas aqui de “causos” e daí surgiu o Dossiê de Causos Mal Resolvidos, com histórias de mistérios sem soluções claras ao final da narrativa e que se passam no interior paulista.

Prêmio Nelson Seixas

O livro foi contemplado com o prêmio Nelson Seixas de Produção Literária 2020, de São José do Rio Preto.

Os escritores e uma breve sinopse de cada “Causo”

Diogo Augusto Gonçalves, de Araraquara, escreve o conto Vírus:

Em um futuro não muito distante, uma senhora deixa relatado em seu diário virtual como a sociedade foi devastada por um surto de fake news;

 

Rafael Augusto Montassier, de Jaboticabal, escreve o conto Vector:

Um homem interiorano descobre que a cor de seu sangue mudou e sua terapeuta acredita que nele pode estar escondida a chave para entender a epidemia que assola a cidade;

 

Lucas Pelegrino Bonalumi, de São José do Rio Preto, escreve o conto Os Despertos:

Depois de um retorno relutante à São José do Rio Preto, um jovem de ambição voraz é recrutado por uma corporação gerida por cultistas;

 

Lucas Oliveira, de São José do Rio Preto, escreve o conto Fome de Morte:

Moradores de rua começam a desaparecer nas ruas do centro da cidade enquanto uma concentração cada vez maior de capivaras se aglomeram nas imediações. Uma capivara é vista andando como se fosse um humano.

 

O prefácio de Oscar Nestarez

O Oscar Nestarez é escritor, pesquisador especialista no gênero de terror e colunista da revista Galileu. Ele faz um grande trabalho de produção e divulgação de expressões da literatura nacional de terror.  Além de ser o autor do prefácio, ele também é o nosso consultor e corrobora para que os autores sejam munidos de referências e base teórica sólida. Nesse sentido, ele fez um acompanhamento individual com cada um dos autores dos contos desde suas idéias iniciais até o texto finalizado, contribuindo para a formação literária de cada um deles, além do intercâmbio artístico e networking entre escritores da capital e do interior.

A novidade para o público é que no dia 25 deste mês, um dia antes do lançamento oficial do livro, o Oscar fará um bate papo sobre literatura de terror totalmente gratuito no canal do youtube “Fantasticursos”, um canal especialista em literatura fantástica que hoje tem mais de 10 mil seguidores. Lá, ele vai explorar um pouco mais as nuances dos contos do Dossiê de Causos Mal Resolvidos.

A capa de Victor Freundt

É uma ilustração do artista Victor Freundt, que virou um grande parceiro deste projeto e tem um trabalho incrível e aterrorizante que casou muito bem com a nossa proposta. Ele criou um desenho original para a nossa capa que os rio pretenses vão entender imediatamente porque remete a um cartão postal e a um símbolo da cidade, só que numa releitura insólita típica ao gênero.

O livro foi produzido durante a pandemia?

A ideia original era fazer um livro físico tradicional, com lançamento em livraria com a presença dos autores, reuniões presenciais e um bate papo em Rio Preto com o Oscar Nestarez, mas por conta da pandemia tudo isso acabou virando virtual e o livro foi 100% produzido com trabalho home office. Dialogando com os novos tempos, fizemos reuniões por chamadas de vídeo, consultorias à distância pelo Google Drive e o livro virou um E-Book com lançamento pela Amazon. Toda a divulgação e comunicação com o público ficou a cargo da nossa página do Instagram “@causosmalresolvidos”, espaço onde o leitor encontrará conteúdos extras, posts sobre o nosso processo criativo e outras curiosidades sobre o livro e sobre o gênero em si.

O livro tem quantas páginas? É dividido por capítulos? Foi publicado por qual editora?

É um livro de contos curtos, terá uma média de 100 páginas divididas entre os 4 contos e o prefácio e será publicado como E-Book pela Amazon.

Lançamento: 26 de novembro na Amazon

Página oficial: https://www.instagram.com/causosmalresolvidos/

 


macabro – Horror Brasileiro Contemporâneo terá mais cinco dias de filmes de terror na plataforma Darkflix

Mostra promovida pelo Centro Cultural Banco do Brasil reexibe longas e curtas-metragens

mais pedidos pelo público entre 25 e 29 de novembro

Depois de quase um mês dedicado aos filmes de terror brasileiros a mostra macaBRo – Horror Brasileiro Contemporâneo, promovida pelo Centro Cultural Banco do Brasil, vai oferecer uma segunda chance para o público assistir aos filmes. De 25 a 29 de novembro, a mostra reexibe 38 longas e curtas-metragens na plataforma darkflix.com.br/macabro, serviço de streaming do gênero Cinema Fantástico. Nos próximos dias, serão 22 longas e 16 curtas. A primeira fase da mostra aconteceu entre 28 de outubro e 23 de novembro e teve mais de 400 mil acessos à plataforma. Oferecendo um passeio sinistro pela produção audiovisual de terror 100% brasileira, a programação também contou com palestras, lives, cursos, debates e homenagens à cineasta Gabriela Amaral Almeida, ao diretor Dennison Ramalho, à produtora Vermelho Profundo e ao eterno José Mojica Marins, o Zé do Caixão, cujostrabalhos poderão ser conferidos novamente.

Entre os longas-metragens estão na lista “Morto não Fala”, de Dennison Ramalho, “A Noite Amarela”, de Ramon Porto Mota, “A Mata Negra”, de Rodrigo Aragão, “A Casa de Cecília”, de Clarissa Appelt, “Através da Sombra”, de Walter Lima Jr., “As Núpcias de Drácula”, de Matheus Marchetti, “A Capital dos Mortos 2: Mundo Morto”, de Tiago Belotti, “Condado Macabro”, de Marcos deBrito, “#ninfabebê”, de Aldo Pedrosa, “O segredo dos Diamantes”, de Helvécio Ratton, “O Caseiro”, de Julio Santi, “O Clube dos Canibais”, de Guto Parente, “Terra e Luz”, de Renné França, “Quando o Galo Cantar pela Terceira vez Renegarás tua Mãe”, de Aaron Salles Torres, e “Terminal Praia Grande”, de Mavi Simão. Os filmes ficam disponíveis das 18h do dia 25 até 23h59 do dia 29. Já “O Cemitério das Almas Perdidas” de Rodrigo Aragão, pode ser visto das 23h59 do dia 28 até 23h59 do dia 29. Encerrando a programação dos longas, “A Sombra do Pai”, de Gabriela Amaral Almeida, “O Segredo de Davi”, de Diego Freitas, e “O Diabo Mora Aqui”, de Rodrigo Gasparini e Dante Vescio, podem ser conferidos das 13h do dia 29 até 23h59 do dia 30.

Já os curtas-metragens ficam disponíveis a partir das 18h do dia 25 até 23h59 do dia 29. São eles “Estátua!”, “Uma Primavera” e “A Mão que Afaga”, de Gabriela Amaral Almeida. “Amor só de mãe”, “Nocturnu” e “Ninjas”, de Dennison Ramalho. “Cova Aberta”, “Mais Denso que o Sangue” e “Não tão Longe”, de Ian Abé. “O Desejo do Morto”, de Ramon Porto Mota, “O Hóspede”, de Anacã Agra e Ramon Porto Mota, e “Os Mortos”, de Jhésus Tribuzi. Além de “O Saci”, de José Mojica Marins, “A lasanha assassina”, de Ale McHado, animação com dublagem de Zé do Caixão, “Tirarei as medidas do seu caixão”, de Diego Camelo, filme em tributo a Mojica Marins, e “Coração das Trevas” (“Coffin Joe’s Heart Of Darkness”), de Marcelo Colaiacovo, Nilson Primitivoe José Mojica Marins, filme experimental com material inédito filmado por Zé do Caixão.

Além dos filmes, o público terá uma segunda oportunidade de conferir todos os módulos do curso “Trajetória do horror no cinema brasileiro” ministrado pelo curador Carlos Primati e as palestras “Escrevendo histórias de terror para o cinema” com a cineasta Gabriela Amaral Almeida e “Diretoras e o terror” com a pesquisadora Beatriz Saldanha. Para essas atividades o público pode se inscrever gratuitamente via Sympla.

Como forma de diminuir os riscos apresentados pela covid-19, toda a programação segue online. O projeto é patrocinado pelo Banco do Brasil e tem produção da BLG Entretenimento. Conta com curadoria de Breno Lira Gomes – curador do festival Maranhão na Tela desde 2007 e de diversas mostras, como a recente “Stephen King – O medo é seu melhor companheiro” – e Carlos Primati, idealizador da mostra “Horror no cinema brasileiro”. A dupla selecionou curtas e longas  produzidos nos últimos cinco anos, entre 2015 e 2019, com data de lançamento até 2020, que continham forte experimentação visual, histórias horripilantes e marcantes.

Longas-metragens:

 Dia 25 de novembro, a partir das 18h, disponíveis até 23h59 do dia 29

O Nó do Diabo – Episódio 3, de Ian Abé

A Noite Amarela (Acessível: Legenda descritiva e interpretação em Libras), de Ramon Porto

Mota

Os Jovens Baumann (Acessível: Legenda descritiva e interpretação em Libras), de Bruna

Carvalho Almeida

A Mata Negra, de Rodrigo Aragão

A Casa de Cecília, de Clarissa Appelt

Através da Sombra, de Walter Lima Jr.

Canto dos Ossos, de Jorge Polo e Petrus de Bairros

As Núpcias de Drácula, de Matheus Marchetti

A Capital dos Mortos 2: Mundo Morto, de Tiago Belotti

Condado Macabro, de Marcos deBrito

Morto não Fala, de Dennison Ramalho

#ninfabebê, de Aldo Pedrosa

O segredo dos Diamantes, de Helvécio Ratton

O Caseiro, de Julio Santi

O Clube dos Canibais, de Guto Parente

Terra e Luz, de Renné França

Quando o Galo Cantar pela Terceira vez Renegarás tua Mãe, de Aaron Salles Torres

Terminal Praia Grande, de Mavi Simão

Dia 28 de novembro, a partir das 23h59, disponível até 23h59 do dia 29

O Cemitério das Almas Perdidas, de Rodrigo Aragão

Dia 29 de novembro, a partir das 13h, disponível até às 23h59 do dia 30

O Segredo de Davi (Acessível: Legenda descritiva), de Diego Freitas, limite de 500 visualizações

A Sombra do Pai, de Gabriela Amaral Almeida, limite de 200 visualizações

O Diabo Mora Aqui, de Rodrigo Gasparini e Dante Vescio, limite de 200 visualizações

 

Curtas-metragens:

 Dia 25 de novembro a partir das 18h, disponíveis até 23h59 do dia 29

O Saci, de José Mojica Marins

A Lasanha Assassina, de Ale McHaddo

Tirarei as Medidas do seu Caixão, de Diego Camelo

Coração das trevas, de Marcelo Colaiacovo, Nilson Primitivo e José Mojica Marins

Estátua!, de Gabriela Amaral Almeida

Uma Primavera, de Gabriela Amaral Almeida

A Mão que Afaga, de Gabriela Amaral Almeida

Amor só de mãe, de Dennison Ramalho

Nocturnu, de Dennison Ramalho

Ninjas, de Dennison Ramalho

Cova Aberta, de Ian Abé

Mais Denso que o Sangue, de Ian Abé

Não tão Longe, de Ian Abé

O Desejo do Morto, de Ramon Porto Mota

O Hóspede, de Anacã Agra e Ramon Porto Mota

Os Mortos, de Jhésus Tribuzi

Curso

“Trajetória do horror no cinema brasileiro” com o curador Carlos Primati

Módulo 1: Os primórdios do horror brasileiro (melodramas góticos, comédias de fantasmas e filmes de selva)

Módulo 2: José Mojica Marins e seu legado

Módulo 3: Horror anos 80

Módulo 4: O horror no cinema brasileiro contemporâneo

Palestras

“Escrevendo histórias de terror para o cinema” com a cineasta Gabriela Amaral Almeida

“Diretoras e o terror” com a pesquisadora e crítica de cinema Beatriz Saldanha

Serviço:

Mostra macaBRo – Horror Brasileiro Contemporâneo (Segunda Chance)

Realização: Centro Cultural Banco do Brasil

Curadoria: Breno Lira Gomes e Carlos Primati

Data: 25 a 29 de novembro.

As exibições serão gratuitas e online na plataforma: darkflix.com.br/macabro

Curso e palestras com inscrições via Sympla

 

 

 


OS SONHOS ROUBADOS DE LUCINDA

O que você faria se seus sonhos começassem a desaparecer?

No caso de Lucinda, encarar a Dona Aranha, moscas-rato e caranguejos frenéticos é apenas o começo da aventura! “Os sonhos roubados de Lucinda” é o primeiro trabalho do artista Jack Azulita a ser lançado pela Diário Macabro. O livro, ilustrado e com temática infantojuvenil, tem seu traço inspirado em artistas como Tim Burton e Neil Gaiman.

Confira a sinopse:

Lucinda perdeu seus sonhos e, por mais que se esforce, ir dormir é cair em uma profunda escuridão, em um vazio sem fim onde tudo que pode fazer é esperar pelo despertar no dia seguinte. Para lidar com esse problema, sua mãe decide levá-la para o sítio da família, onde poderá ter tempo de se recuperar em paz. Longe de tudo, ela descobre a origem da ausência de seus sonhos: eles estão sendo roubados por alguém e, assim, ela precisa recuperá-los, partindo em uma jornada nas profundezas de si mesma, onde encontrará perigos que não imaginava com a ajuda de um amigo inesperado.

A campanha estará no ar até 10 de dezembro. Lá você pode garantir seu exemplar e outros materiais como adesivos, pôster e até mesmo artes exclusivas. Apoie a arte nacional!

www.catarse.me/lucinda


Obras de Dennison Ramalho são exibidas a partir de hoje na mostra macaBRo

Curtas e longa-metragem do prestigiado diretor começam a ser exibidos a partir desta quarta-feira (11) na Mostra macaBRo – Horror Brasileiro Contemporâneo.

 

O curta “Nocturnu” (1999), de Dennison Ramalho, abre a semana que homenageia o cineasta com uma mini-retrospectiva de sua filmografia. Além de outros filmes de nomes relevantes do universo cinematográfico, serão exibidos os curtas “Amor de Mãe” (2002) e “Ninjas” (2010), ambos premiados em vários festivais, e o elogiado “Morto Não Fala” (2019), primeiro longa-metragem dirigido por Dennison.

De 11 a 17 de novembro, a mostra promovida pelo Centro Cultural Banco do Brasil, exibe quinze longas e três curtas. Entre as produções já citadas do homenageado, estão “A Capital dos Mortos 2: Mundo Morto” (2015) de Tiago Belotti, “Quando o Galo Cantar Pela Terceira Vez Renegarás tua Mãe” (2016), dirigido e roteirizado por Aaron Salles Torres, “O Diabo Mora Aqui” (2016), da dupla Rodrigo Gasparini e Dante Vescio, o criativo “Mal Nosso” (2019), do cineasta Samuel Galli, “A Casa de Cecília” (2015) da diretora Clarissa Appelt e muitos outros. Algumas obras serão exibidas duas vezes durante a semana, como é o caso de “Morto Não Fala”.

No dia 18, próxima quarta-feira, estreia a “Semana José Mojica Marins” em homenagem ao consagrado “Zé do Caixão”, que encerra a mostra. Entre a seleção de filmes, estão curtas-metragens que homenageiam Mojica ou tenham a sua participação, incluindo documentário, animação e filmes experimentais, raros e pouco vistos.

Confira a seguir todas as datas e os horários das exibições. Mas fique atento, o conteúdo fica disponível na plataforma da Darkflix por tempo e visualizações limitadas.

Para assistir aos filmes acesse www.darkflix.com.br e cadastre-se gratuitamente. Com o usuário logado, basta buscar pelos filmes na categoria “#CCBBemcasa”.

 

 SEMANA DENNISON RAMALHO

 

 

 “A Capital dos Mortos 2: Mundo Morto” (2015) – 11/11, às 18h

Dirigido por Tiago Belotti, “A Capital dos Mortos 2: Mundo Morto” dá continuidade aos eventos apocalípticos mostrados em “A Capital dos Mortos” de 2008. Cinco anos se passaram desde que uma horda de zumbis invadiu a capital federal. Agora Lucas precisa unir forças com Denise, que ficou traumatizada pelos eventos. Juntos eles tentam manter a sanidade e sobreviver num mundo onde há coisas muito mais perigosas que mortos-vivos.

Limite de visualizações: Cinco mil

Disponibilidade: por 24 horas.

 

“Nocturnu” (Curta-metragem), 1999 – 11/11, às 20h

O curta-metragem “Nocturno” foi a primeira obra de Dennison Ramalho como diretor cinematográfico. Muito bem recebido pela crítica, o filme recebeu dois Kikitos no Festival de Gramado – por Melhor Curta e Melhor Direção. Rodado em preto e branco, a trama de 11 minutos, acompanha caçadores de vampiros que invadem um navio para combater deuses diabólicos que atacaram toda a tripulação da embarcação em busca de carne humana e sangue. Agora é preciso impedir que o mal e espalhe para o resto do mundo.

Limite de visualizações: Ilimitada

Disponibilidade: Até 23h59 de 17/11.

 

“Canto dos Ossos” (2020) – 12/11, às 16h

Vencedor do prêmio de melhor longa-metragem da Mostra Aurora na 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes, o filme cearense “Canto dos Ossos”, da dupla Petrus de Bairros e Jorge Polo, apresenta uma história juvenil de horror vampírico ligado ao tema do abandono. Na trama, duas amigas monstras decidem seguir rumos diferentes. Décadas depois da despedida, Naiana (Rosalina Tamiza) é professora do ensino médio em uma pequena cidade litorânea, onde um hotel em reforma emana estranha presença. À três mil quilômetros de distância, a noite devoradora envolve Diego (Maricota). O longa foi dirigido e roteirizado por Jorge Polo e Petrus de Bairros e traz as atuações de Rosalina Tamiza, Maricota, Lucas Inácio Nascimento, Noá Bonoba, Mariana Costa, entre outros.

Limite de visualizações: Cinco mil

Disponibilidade: por 24 horas

 

“Amor Só de Mãe” (Curta-metragem), 2002 – 12/11, às 18h

Inspirado na canção “Coração Materno”, do autor Vicente Celestino, “Amor Só de Mãe” apresenta uma narrativa criativa e imprevisível ao contar a história de Filho, um pescador que vive em uma vila isolada e pobre e mantém um relacionamento amoroso com Formosa. Ela insiste que o pescador abandone a mãe e o lugar, mas Filho se recusa. A partir deste momento, acontecimentos macabros se desenrolam numa noite de satanismo, morte e orações à Nossa Senhora da Cabeça. Uma obra imperdível carregada com um clima incomodo e perturbador que acompanha o espectador até o final.

Limite de visualizações: Ilimitada

Disponibilidade: Até 23h59 de 17/11.

 

“Quando o Galo Cantar Pela Terceira Vez Renegarás Tua Mãe” (2016) – 12/11, às 20h

Dirigido por Aaron Salles Torres, o filme acompanha Inácio, um esquizofrênico funcional, que trabalha como porteiro em um prédio da Zona Sul carioca. Após a morte de seu pai, ele passa a sustentar a casa onde mora com a mãe. Zaira, por sua vez, pressiona o filho para que ele mantenha o mesmo nível de vida que o pai provia, mas suas expectativas são frustradas. A relação entre ambos logo se desestrutura e a situação piora quando Inácio fica obcecado por um dos moradores do prédio. Com toques de humor sombrio, este thriller psicológico surpreende com um desfecho inesperado.

Limite de visualizações: Ilimitada

Disponibilidade: por 24 horas

 

“O Diabo Mora Aqui” (2016) – 13/11, às 18h

Quatro jovens decidem passar uma noite em um casarão colonial, antiga moradia do Barão do Mel, figura do passado, cujo histórico incluem torturas e sadismo contra seus escravos. Apesar dos rumores da maldição que assombra o lugar, os adolescentes acreditam que tudo não passa de superstição, e inconsequentemente se envolvem em uma luta entre forças ancestrais: os espíritos que desejam liberdade e os guardiões da maldição. O filme foi dirigido pela dupla Rodrigo Gasparini e Dante Vescio, ambos apresentam uma direção segura e consistente com uma narrativa instigante regada à elementos sonoros e visuais que amplificam o medo.

Limite de visualizações: Duas mil

Disponibilidade: Até 17h59 de 15/11.

 

“Morto Não Fala” (2019) – 13/11, às 20h

Em 2019, Dennison Ramalho estreou na direção do seu primeiro longa: “Morto Não Fala”. Uma produção elogiada que contou com as atuações incríveis de Daniel de Oliveira, Fabiula Nascimento, Bianca Comparato e Marco Ricca. Ambientada na periferia de São Paulo, o filme conta a história de Stênio, o plantonista de um necrotério que possui a habilidade peculiar de falar com os mortos. Desconfiado de que está sendo traído pela esposa, Stênio prefere passar seu tempo entre os corpos do IML. Certa noite, um dos cadáveres lhe conta um segredo que desencadeia uma série de acontecimentos que mudam a vida do plantonista e coloca sua família em perigo.

Limite de visualizações: Cinco mil

Disponibilidade: por 24 horas

 

“As Núpcias de Drácula” (2018) – 14/11, às 18h

Em “A Núpcias de Drácula”, o conde Drácula parte de seu castelo na Transilvânia rumo à uma ilha na América do Sul, fazendo um harém de novas vítimas e amantes, entre homens e mulheres. A direção e o roteiro ficaram à cargo de Matheus Marchetti. No elenco estão Isabella Melo, Henrique Natálio, Daniel Simoni, Irene Caldeira, Tony Germano e Alex Alonso.

Limite de visualizações: Ilimitada

Disponibilidade: por 24 horas

 

“Christabel” (2018) – 14/11, às 20h

O filme “Christabel”, é livremente baseado no poema homônimo (e inacabado) de Samuel Taylor Coleridge. A trama é ambientada no cerrado goiano e acompanha Christabel, uma menina inocente que vive com seu pai, um trabalhador rural humilde. Certo dia, a menina conhece a misteriosa Geraldine, uma mulher que alega ter sido atacada por homens. Inocentemente ela acolhe Geraldine na casa de seu pai. Logo surge uma tensão entre as duas e a mulher começa a influenciar a jovem numa busca por paixão e liberdade. O longa foi dirigido pelo cineasta carioca Alex Levy-Heller.

Limite de visualizações: Cinco mil

Disponibilidade: por 24 horas

 

Ninjas (Curta-metragem), 2010 – 15/11, às 16h

Inspirado no conto “Um Bom Policial”, de Marco de Castro, o curta “Ninjas” acompanha o policial Jailton, que passa a ser aterrorizado pelo fantasma de um garoto inocente executado por engano pelo protagonista. Para se livrar da assombração, o novato busca conforto na religião, mas o espirito não o abandona e seus colegas de corporação propõem resolver o problema de forma radical. Com muitas cenas de violência, o diretor Dennison Ramalho entrega uma história de horror tipicamente nacional, adulta e bem acabada.

Limite de visualizações: Ilimitada

Disponibilidade: Até 23h59 de 17/11.

 

“Condado Macabro” (2015) – 15/11, às 18h

Em “Condado Macabro”, um grupo cinco de jovens decide passar um fim de semana numa casa alugada nas proximidades de uma floresta. Os dois jovens e as três amigas estão em busca de descanso. Entretanto, os momentos de prazer, serão transformados em instantes de terror quando um brutal serial killer vestido de palhaço decide brincar com os ocupantes da casa. A produção é uma homenagem aos filmes slashers americanos das décadas de 70 e 80, como “Massacre da Serra Elétrica”. Os diretores Marcos DeBrito e André de Campos Mello não pouparam sangue neste gore brasileiro, que apesar das referências, não deixou de lado sua regionalidade.

Limite de visualizações: Ilimitada

Disponibilidade: por 24 horas

 

“Mal Nosso” (2019) – 15/11, às 20h

Em “Mal Nosso”, primeiro longa de terror de Samuel Galli, o público acompanha a história de Arthur, um homem estranho que possui poderes mediúnicos. Apesar de suas peculiaridades, o médium é um pai devoto à sua filha de 19 anos e quando Arthur descobre que a alma dela está em perigo, ele toma medidas drásticas. Para evitar que qualquer mal aconteça à filha, ele contrata Charles, um serial killer que conheceu nas profundezas da deep web. O Assassino deverá seguir as regras de Arthur para executar o serviço e receber seu pagamento. A obra participou de mais de 30 festivais internacionais antes de debutar no Brasil e acumulou críticas positivas.

Limite de visualizações: Cinco mil

Disponibilidade: por 24 horas

 

“A Casa de Cecília” (2015) – 16/11, às 16h

Neste mistério, Cecília é uma jovem de 14 anos que está sozinha em sua casa há duas semanas. Certo dia, ela recebe a visita de Lorena, uma moça misteriosa que chega para acabar com a solidão da menina. Apesar da companhia, Cecília tem a sensação de que a casa fica mais vazia a cada dia que passa e começa a vivenciar eventos inexplicáveis. Direção é de Clarissa Appelt e o roteiro de Gabriel Ritter.

Limite de visualizações: Cinco mil

Disponibilidade: por 24 horas

 

“O Caseiro” (2016) – 16/11, às 18h

Davi, um cético professor de psicologia que acredita que os fenômenos paranormais podem ser explicados pela ciência é procurado pela jovem Renata. Ela busca ajuda para a irmã mais nova que parece estar sofrendo com as aparições do antigo caseiro do sítio de sua família, que se suicidou há algumas décadas. Com o objetivo de coletar dados para sua pesquisa, Davi concorda em ajuda-la. No local, o professor passa a desconfiar que o pai de Renata possa estar envolvido com o trauma que esta acometendo a garotinha. “O Caseiro” foi dirigido por Julio Sanri e conta com as atuações de Denise Weinberg, Bruno Garcia, Malu Rodrigues, Leopoldo Pacheco, Fabio Takeo e Pedro Bosnich.

Limite de visualizações: Cinco mil

Disponibilidade: por 24 horas

 

 “Através da Sombra” (2016) – 16/11, às 20h

Baseado no livro britânico “A Volta do Parafuso” do escritor Henry James, “Através da Sombra” é um suspense sobrenatural ambientado na década de 1930. Nele, a tímida Laura, interpretada por Virginia Cavendish, é contratada como professora de duas crianças órfãs, a pequena Elisa e seu irmão Antônio. Após aceitar a proposta do tio das crianças, ela se muda para o enorme casarão de uma fazenda de café no interior do Brasil. Laura logo percebe que o local está envolto em mistérios: o desaparecimento da antiga professora, a morte de um capataz e eventos sombrios que acontecem na moradia. O diretor Walter Lima Jr. adaptou a história à realidade brasileira da época com um cenário que mostra as sequelas da escravidão e da crise econômica do país.

Limite de visualizações: Cinco mil

Disponibilidade: por 24 horas

 

“Morto Não Fala” (2019) – 17/11, às 16h – SEGUNDA EXIBIÇÃO

Limite de visualizações: Cinco mil

Disponibilidade: por 24 horas

 

“Terra e Luz” (2017) – 17/11, às 18h

Em um cenário pós-apocalíptico em que a humanidade foi dizimada por criaturas semelhantes à vampiros, um homem tenta sobreviver na aridez do sertão, enfrentando noites mortais na esperança de recuperar a sua própria humanidade. A direção e o roteiro de “Terra e Luz” são de Renné França. O elenco é composto pelos atores Rafael Freire, Marcelo Jungmann, Maya dos Anjos e Pedro Otto.

Limite de visualizações: Cinco mil

Disponibilidade: por 24 horas

 

 “A Capital dos Mortos 2: Mundo Morto” (2015) – 17/11, às 20h – SEGUNDA EXIBIÇÃO

 Limite de visualizações: Cinco mil

Disponibilidade: por 24 horas

 


“SEM SEU SANGUE”, DE ALICE FURTADO, GANHA TRAILER E PODERÁ SER ASSISTIDO EM CASA PARTIR DE 20 DE NOVEMBRO

Longa exibido no Festival de Cannes, Mostra Internacional de Cinema em São Paulo e Festival do Rio, estará disponível a partir de 20 de novembro na Netflix

Assista o trailer: https://youtu.be/Hn-J9CoQyWU

Exibido na Quinzena dos Realizadores do 72º Festival de Cannes, 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, e no Festival Internacional de Cinema do Rio, o filme brasileiro SEM SEU SANGUE, primeiro longa de Alice Furtado, acaba de divulgar o trailer e estreia na Netflix no dia 20 de novembro.

O longa aborda a intensidade do primeiro amor a partir da perspectiva de Silvia (Luiza Kosovski), uma adolescente introspectiva e desinteressada pela rotina, que acredita ter encontrado em Artur (Juan Paiva) algo que a faça sentir-se mais viva. Ele surge inesperadamente em sua turma depois de ter sido expulso de várias escolas. Silvia fica fascinada pela vitalidade do garoto, que no entanto sofre de hemofilia, doença hereditária que impede o sangue de coagular corretamente. Os dois mergulham em uma convivência intensa, interrompida por um grave acidente, que vai abalar a vida da jovem.

A ideia para realização de SEM SEU SANGUE existe desde 2012, e vem de questionamentos que a diretora Alice Furtado tinha nessa época sobre o amor, o desejo, e sobre o que se passa com o corpo no momento em que se perde uma relação importante, principalmente quando se é jovem e isso se mistura com a descoberta do mundo e de si.

O filme narra o drama dessa adolescente que em dado momento, transforma-se em um filme de gênero, mais especificamente voltado para o horror. “2012 foi para mim uma época muito cinéfila, em que eu estava particularmente interessada no cinema de horror, em especial o horror clássico, dos anos 40, como os filmes de Jacques Tourneur que acabaram influenciando de várias formas diferentes o SEM SEU SANGUE. Achei que esses dois interesses se combinavam bem, e comecei a escrever a história da Silvia.”, compartilha a diretora Alice Furtado.

Assim que Alice Furtado decidiu contar a história de uma garota que recusa-se a perder o primeiro amor, a “ressuscitação” se impôs imediatamente como tema, e naquele momento pareceu impossível fazer SEM SEU SANGUE sem que o filme não reverencie o gênero do zumbi, as suas origens no cinema e na cultura de massa. O livro Magic Island, que a personagem Silvia encontra na casa de praia, talvez seja o marco original desse processo de mudança na narrativa do filme – um diário de viagens que, de forma bastante sensacionalista e questionável, apresentou a cultura do vodu haitiano ao resto do mundo e tornou-se extremamente popular, com suas histórias de mortos-vivos e feitiçarias.

“Achava importante também trazer para o filme os indícios dessa história de apropriação cultural, com todos os seus problemas. Silvia acha esse livro numa casa de praia que é toda decorada de objetos extraídos de seus contextos significantes, ali formando uma mera coleção de “exotismos”. É um comentário paralelo no filme, mas que para mim era importante: mostrar as fontes levianas e equivocadas de onde a Silvia extrai “informações” para o seu ritual, sempre enviesadas pela apropriação de colonizadores que pouco conhecem sobre aquela cultura, e que dela se apropriaram por motivos questionáveis, como Silvia acaba também fazendo.”, contextualiza Alice Furtado.

Para além disso, em SEM SEU SANGUE, a protagonista Silvia tem uma “bruxa” dentro dela, e com isso é capaz de mover as forças da natureza ao seu redor de uma forma estranha e inexplicável. Como uma alegoria do desejo e dos seus poderes, muitas vezes destrutivos, toda a monstruosidade que há na história se origina no próprio desejo sem limites dessa menina, a própria figura diabólica que a assombra.

SEM SEU SANGUE foi inteiramente rodado nas cidades do Rio de Janeiro e Paraty. No Rio, a escolha das locações passou por lugares específicos e pouco explorados que fascinam a diretora, como a estação de São Cristóvão e o mangue da Barra, mas também lugares dos quais Alice Furtado tem uma memória afetiva forte, como o colégio onde estudou, o CAP/UFRJ. Em Paraty as filmagens foram nas praias e arredores de Trindade, que fora de temporada parecem bastante selvagens e praticamente desertas.

A trilha sonora composta por Orlando Scarpa Neto funciona como uma narrativa dentro do filme e sempre foi pensada dessa forma, muitas vezes a música em SEM SEU SANGUE vem ocupar um espaço que não está preenchido por mais nada, dando conta de emoções que extrapolam o que é visto na imagem e o que está dito pelos diálogos.

O filme é uma produção da Estúdio Giz, em coprodução com Oceano Cinematográfico, BALDR Film (Holanda) e Ikki Films (França). No elenco, Luiza Kosovski, Juan Paiva, Digão Ribeiro, Silvia Buarque, Lourenço Mutarelli, Ismar Tirelli Neto, Valentina Luz e Nahuel Perez Biscayart. A distribuição no Brasil é da Vitrine Filmes.

 

SINOPSE:

A vida para a introspectiva Silvia parece fazer mais sentido após conhecer Artur, skatista e poeta nas horas vagas. Os dois mergulham em uma convivência intensa, interrompida por um grave acidente.

 

FICHA TÉCNICA:

Direção: Alice Furtado

Produzido por: Aline Mazzarella, Matheus Peçanha, Thiago Yamachita

Coprodução: Elaine Azevedo e Silva, Edwina Liard, Frank Hoeve, Katja Draaijer, Nidia Santiago

Produção executiva: Carlos Eduardo Valinoti

Roteiro: Alice Furtado, Leonardo Levis

Direção de fotografia: Felipe Quintelas

Direção de arte: Elsa Romero

Montagem: Alice Furtado, Luisa Marques

Edição de som: Tiago Bello

Mixagem: Matthieu Langlet

Finalização: Gabriela Ruffino

Produção: Estúdio Giz

Coprodução: Oceano Cinematográfico, BALDR Film (Holanda) e Ikki Films (França)

Elenco: Luiza Kosovski, Juan Paiva, Digão Ribeiro, Silvia Buarque, Lourenço Mutarelli, Ismar Tirelli Neto, Valentina Luz e Nahuel Perez Biscayart

Distribuição: Vitrine Filmes

 

SOBRE A DIRETORA

Nascida no Rio de Janeiro, Alice Furtado é diretora e montadora. Formada em Cinema pela UFF e pós-graduada pelo Le Fresnoy, França, realizou os curtas “Duelo Antes Da Noite” (Cinéfondation – Festival de Cannes 2011) e “A Rã e Deus”. Como montadora, editou os longas “O Auge Do Humano” (Leopardo de Ouro na mostra Cineasti del Presente, Festival de Locarno 2016), de Eduardo Williams, e “Os Sonâmbulos”, de Tiago Mata Machado, além de curtas-metragens e séries de TV. “Sem Seu Sangue” é seu primeiro longa como diretora.

 

 

SOBRE A ESTÚDIO GIZ

Estúdio Giz é uma produtora audiovisual fundada em 2014. Com sede no Rio de Janeiro, a empresa trabalha no desenvolvimento e produção de projetos para TV e cinema em parceria com criadores independentes. É produtora dos longas “Sem Seu Sangue” (2019), de Alice Furtado, e “Paulistas” (2017), de Daniel Nolasco, com estreia mundial na mostra competitiva “Next Masters” do Dok Leipzig 2017. A Estúdio Giz é também produtora associada de “El Auge del Humano” (2016), de Eduardo Williams, filme vencedor do Leopardo de Ouro da mostra “Cineasti del Presente” no Festival de Locarno em 2016. Além disso, a produtora conta com 13 curtas-metragens em seu catálogo, exibidos e premiados em mais de 40 festivais de cinema, como FICUNAM, Festival de Havana, Mostra de Cinema de Tiradentes, Queer Lisboa, entre outros.

 

SOBRE A VITRINE FILMES 

Em 10 anos, a Vitrine Filmes distribuiu mais de 150 filmes. Entre seus maiores sucessos estão “Aquarius”, “O Som ao Redor”, e “Bacurau” de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, longa que já alcançou mais de 750.000 espectadores, além de “A Vida Invisível”, de Karim Aïnouz, representante brasileiro do Oscar 2020, “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”, de Daniel Ribeiro, e “O Filme da Minha Vida”, de Selton Mello. Entre os documentários, a distribuidora lançou “Divinas Divas”, dirigido por Leandra Leal e “O Processo”, de Maria Augusta Ramos, que entrou para a lista dos 10 documentários mais vistos da história do cinema nacional. Em 2020, ano em que completou uma década, a Vitrine Filmes lançou no primeiro semestre “O Farol”, de Robert Eggers, indicado ao Oscar de Melhor Fotografia e “Você Não Estava Aqui”, novo longa de Ken Loach. Já no segundo semestre de 2020, lançou “Os Olhos de Cabul”, exibido no Festival de Cannes (2019) e no Festival de Cinema de Animação de Annecy (2019); “Música para Morrer de Amor”, da produtora Lacuna Filmes, a mesma de Hoje eu Quero Voltar Sozinho; “Ontem Havia Coisas Estranhas no Céu”, de Bruno Risas, melhor longa-metragem de estreia no Cinéma du Réel; e “Três Verões”, dirigido por Sandra Kogut com Regina Casé, Jéssica Ellen e grande elenco. Em breve lançará “Pacarrete”, de Allan Deberton, o premiadíssimo “A Febre”, de Maya Da-Rin e “Todos os Mortos”, de Marco Dutra e Caetano Gotardo.


‘A Gruta’, longa de terror com Carolina Ferraz e Nayara Justina, estreia hoje no Amazon Prime Video

Produzido e dirigido por Arthur Vinciprova, que também atua no longa como o protagonista Jesus, “A Gruta” estreia hoje (29) no serviço de streaming Amazon Prime Video. O longa é um terror psicológico no qual a atriz Carolina Ferraz interpreta uma freira a quem um rapaz pede ajuda após um evento traumático. O que era para ser um passeio entre amigos acabou por se tornar um pesadelo com mórbidas consequências.

O jovem Jesus é encontrado em estado grave no fundo de uma gruta interditada. A polícia o acusa de ter assassinado sua mulher, dois amigos e a guia que os levava em passeio. Mas ele nega os assassinatos e se recusa a colaborar com a polícia. Jesus tem certeza de que sua mulher foi possuída por um espírito demoníaco que vivia na gruta. E diz que, ainda agora, na cama do hospital, consegue ouvi-lo.

O diretor e ator Arthur Vinciprova produziu as comédias “Rúcula com Tomate Seco” (2017), com Juliana Paiva, Gisele Fróes e Daniel Dantas, e “Turbulência” (2016), com Monique Alfradique, Lua Blanco e Bruno Gissoni.

Sinopse

Após grave acidente em uma gruta interditada, rapaz se torna o único sobrevivente. No local foram encontrados, além dele, quatro corpos. A perícia indica que esse mesmo jovem assassinou brutalmente seus amigos, esposa e a guia de turismo.  Em estado grave, o rapaz nega os assassinatos e recusa-se a colaborar com a polícia.  Certo de que sua esposa foi possuída por uma força demoníaca, ele pede ajuda a uma madre.

Ficha técnica

PRODUTORAS: Venkon Produções e Promax Produções

GÊNERO: Suspense / Terror Sobrenatural

CLASSIFICAÇÃO LONGA: 14 anos

CLASSIFICAÇÃO TRAILER: 12 anos

TEMPO DE DURAÇÃO: 1 hora e 39 minutos

LENTE: Flat

ELENCO: Carolina Ferraz, Arthur Vinciprova, Nayara Justino

ROTEIRO E DIREÇÃO: Arthur Vinciprova

DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA: André Ribeiro

TRILHA SONORA: Fernando Duarte

Clique aqui para assistir ao trailer


Mostra macaBRo: veja os filmes da Semana Gabriela Amaral Almeida

A Mostra macaBRo – Horror Brasileiro Contemporâneo reúne cerca de 40 filmes, entre longas e curtas, produzidos em território nacional.

Nesta quarta-feira, inicia-se a semana que homenageia a diretora Gabriela Amaral Almeida. Entre os longas e curtas da mostra promovida pelo Centro Cultural Banco do Brasil, estão obras que fazem uma mini-retrospectiva do trabalho de Gabriela, além de outros filmes de nomes relevantes do cenário atual do cinema nacional.

De 04 a 10 de novembro, o público terá acesso às obras “O Animal Cordial” (2018), elogiado filme da homenageada, “Christabel” (2018), de Alex Levy-Heller, “#ninfabebê” (2017), dirigido por Aldo Pedrosa, “Quando eu era Vivo” (2014), longa do cineasta Marco Dutra, que conta com as atuações de Antônio Fagundes, Marat Descartes e Sandy Leah, “O Segredo dos Diamates” (2014), de Helvécio Ratton, “A Mão que Afaga” (2012), curta de Gabriela, “O Caseiro” (2016),  de Julio Sante, “O Clube dos Canibais” (2018) de Guto Parente, entre outros.

São nove longas e três curtas que integram a segunda parte da Mostra, alguns longas serão exibidos duas vezes durante a semana.

Na próxima quarta-feira, dia 11, começa a “Semana Dennison Ramalho” e no dia 18, estreia a “Semana José Mojica Marins” em homenagem ao consagrado “Zé do Caixão”, que encerra a mostra.

Confira a seguir os títulos, datas e os horários das exibições. O conteúdo fica disponível na plataforma da Darkflix por tempo e visualizações limitadas, fique atento!

Para assistir aos filmes acesse www.darkflix.com.br e cadastre-se. Com o usuário logado, basta buscar pelos filmes na categoria “Mostra macaBRo”.

 

SEMANA GABRIELA AMARAL ALMEIDA (04/11 a 10/11)

“Christabel” (2018) – 04/11, às 18h

O filme “Christabel”, é livremente baseado no poema homônimo (e inacabado) de Samuel Taylor Coleridge. A trama é ambientada no cerrado goiano e acompanha Christabel, uma menina inocente que vive com seu pai, um trabalhador rural humilde. Certo dia, a menina conhece a misteriosa Geraldine, uma mulher que alega ter sido atacada por homens. Inocentemente ela acolhe Geraldine na casa de seu pai. Logo surge uma tensão entre as duas e a mulher começa a influenciar a jovem numa busca por paixão e liberdade. O longa foi dirigido pelo cineasta carioca Alex Levy-Heller.

*O filme estará disponível a partir das 18h do dia 04 e ficará liberado até às 17h59 do dia 05/11.

Limite de visualizações: Cinco mil

 

“O Animal Cordial” (2018) – 04/11, às 20h

Com direção e roteiro da cineasta Gabriela Amaral Almeida, “O Animal Cordial” apresenta Inácio, o dono de um restaurante de classe média que gerencia o estabelecimento com mão de ferro. Tal postura gera atritos com os funcionários, em especial com o cozinheiro Djair. Quando o estabelecimento é assaltado por Magno e Nuno, Inácio e a garçonete Sara precisam encontrar meios para controlar a situação e lidar com os clientes que ainda estão na casa: o solitário Amadeu e o casal endinheirado Bruno e Verônica.

*O filme estará disponível a partir das 20h do dia 04 e ficará liberado até às 19h59 do dia 05/11.

Limite de visualizações: Cinco mil

 

“Uma Primavera” (Curta-metragem), 2011 – 05/11, às 18

“Uma Primavera” é mais um trabalho da cineasta Gabriela Amaral Almeida. No aniversário de 13 anos de Lara, sua mãe a leva para um piquenique no parque. Tudo vai bem até a menina desaparecer, deixando a mãe no mais completo desespero. O elenco conta com Lúcia Romano e Natália Paz Parnes.

*O filme estará disponível a partir das 18h do dia 05 e ficará liberado até às 23h59 do dia 10 de novembro.

Limite de visualizações: Ilimitada

 

 “#ninfabebê” (2017) – 05/11, às 20h

“#ninfabebê” aborda temas como o exibicionismo, voyeurismo e o uso excessivo das mídias sociais. Com essa premissa acompanhamos duas adolescentes que decidem passar um fim de semana sozinhas em casa, sem a presença dos pais. O encontro das amigas é registrado por vídeos que são publicados e compartilhados com os amigos virtuais. O que era para ser uma noite divertida acaba se tornando uma história de medos e angústias quando as duas jovens recebem visitas inesperadas ao longo da trama. Produzido em Uberaba, o filme foi premiado no Festival Best Film Awards que aconteceu na Rômenia em 2017. O longa ficou em 1º lugar na categoria de “Melhor Edição”, 2º lugar na categoria “Melhor Filme de Estudante” e em 3º como “Melhor Direção”.

*O filme estará disponível a partir das 20h do dia 05 e ficará liberado até às 19h50 do dia 06/11.

Limite de visualizações: Cinco mil

 

“Estátua” (Curta-metragem), 2014 – 06/11, às 18

“Estátua” fala sobre medo e sobre a falta de ação através de questões sociais atuais usando o horror para potencializa-las na trama. No filme, a atriz Maeve Jinkings interpreta a babá Isabel que está no sexto mês de gravidez. Ela começa a trabalhar na casa de uma mãe solteira e sua filha Joana, que se mostra um tanto carente. Com o tempo Isabel questiona a sua ânsia por ser mãe ao conviver com o comportamento, as vezes tirano, de Joana.

*O filme estará disponível a partir das 18h do dia 06 e ficará liberado até às 23h59 do dia 10 de novembro.

Limite de visualizações: Ilimitada

 

“Quando Eu Era Vivo” (2014) – 06/11, às 20h

Em “Quando Eu Era Vivo”, o cineasta Marco Dutra ultrapassa o olhar convencional sobre o medo no terror brasileiro. Com atuações de Antonio Fagundes, Marat Descartes e Sandy Leah, o filme narra a história de Júnior, um homem que volta a morar na casa do pai após o divórcio e a demissão do emprego. Ao chegar na casa que um dia já fora seu lar, ele se sente um estranho e começa a remoer a separação e o desemprego. Depois de achar alguns objetos que pertenciam à sua mãe, Júnior passa a querer saber tudo sobre a história da família e desenvolve uma estranha obsessão pelo passado, passando a confundir delírio e realidade.

*O filme estará disponível a partir das 20h do dia 06 e ficará liberado até às 19h50 do dia 07/11.

Limite de visualizações: Cinco mil

 

“O Segredo dos Diamantes” (2014) – 07/11, às 14h

Gravado em cidades históricas de Minas Gerais, “O Segredo dos Diamantes” acompanha a saga de Ângelo, um garoto que descobre uma antiga lenda sobre diamantes perdidos e parte em busca desse tesouro para salvar a vida do pai que precisa de uma cirurgia. Para realizar a missão, ele conta com seus amigos Júlia e Carlinhos. Juntos eles terão que decifrar o enigma e antes de Silvério, um vilão que também quer encontrar o tesouro. O filma recebeu o prêmio de melhor filme pelo júri popular no Festival de Gramado de 2014.

*O filme estará disponível a partir das 14h do dia 07 e ficará liberado até às 15h59 do dia 08/11.

Limite de visualizações: Três mil

 

“A Mão que Afaga” (Curta-metragem), 2012 – 07/11, às 15h

Inusitado e com pinceladas de humor sombrio, o curta “A Mão que Afaga”, de Gabriela Amaral Almeida, narra a história de Estela, uma operadora de telemarketing solitária que mesmo falando com mais de “200 pessoas” por dia, possui sérios problemas de comunicação. Além de lidar com as reclamações dos clientes, ela precisa planejar o aniversário de 9 anos do seu único filho Lucas de 9 anos com que mantém uma relação emocionalmente frágil.

*O filme estará disponível a partir das 15h do dia 07 e ficará liberado até às 23h59 do dia 10 de novembro.

Limite de visualizações: Ilimitada

 

“O Caseiro” (2016) – 07/11, às 18h

Davi, um cético professor de psicologia que acredita que os fenômenos paranormais podem ser explicados pela ciência é procurado pela jovem Renata. Ela busca ajuda para a irmã mais nova que parece estar sofrendo com as aparições do antigo caseiro do sítio de sua família, que se suicidou há algumas décadas. Com o objetivo de coletar dados para sua pesquisa, Davi concorda em ajuda-la. No local, o professor passa a desconfiar que o pai de Renata possa estar envolvido com o trauma que esta acometendo a garotinha. “O Caseiro” foi dirigido por Julio Sanri e conta com as atuações de Denise Weinberg, Bruno Garcia, Malu Rodrigues, Leopoldo Pacheco, Fabio Takeo e Pedro Bosnich.

*O filme estará disponível a partir das 18h do dia 07 e ficará liberado até às 17h59 do dia 08/11.

Limite de visualizações: Cinco mil

 

 “A Sombra do Pai” (2019) – 07/11, às 20h

Mais um longa dirigido pela homenageada da semana: “A Sombra do Pai”. Na trama, após o falecimento de sua mãe, a pequena Dalva de 9 anos (muito bem interpretada por Nina Medeiros) é obrigada a virar o adulto da casa quando seu pai adoece. Isso naturalmente cria uma inversão na ordem natural das coisas. A infância se transforma em saga, e a paternidade frustrada em condenação. O filme também traz as atuações de Júlio Machado e Luciana Paes.

*O filme estará disponível a partir das 20h do dia 07 e ficará liberado até às 19h59 do dia 08/11.

Limite de visualizações: Mil

 

“O Animal Cordial” (2018) – 08/11, às 16h

Com direção e roteiro da cineasta baiana Gabriela Amaral Almeida, o filme “O Animal Cordial” apresenta Inácio, o dono de um restaurante de classe média que gerencia o estabelecimento com mão de ferro. Tal postura gera atritos com os funcionários, em especial com o cozinheiro Djair. Quando o estabelecimento é assaltado por Magno e Nuno, Inácio e a garçonete Sara precisam encontrar meios para controlar a situação e lidar com os clientes que ainda estão na casa: o solitário Amadeu e o casal endinheirado Bruno e Verônica.

*O filme estará disponível a partir das 16h do dia 08 e ficará liberado até às 15h59 do dia 09/11.

Limite de visualizações: Cinco mil

 

“O Clube dos Canibais” (2018) – 08/11, às 18h

Otávio é um conservador hipócrita que prega costumes tradicionais, mas adora sexo, traição e sangue. Ele é casado com Gilda, uma mulher fútil e ambiciosa. Ambos fazem parte de uma sociedade secreta: o clube dos canibais. As coisas mudam quando o casal descobre o segredo de outro integrante do clube e passam a ser ameaçados. Assassinatos brutais são tratados com elegância na trama devido a eficiência da direção de Guto Parente. O formato da tela, os cortes precisos e a fotografia de Lucas Barbi, convidam o espectador ao suspense.

*O filme estará disponível a partir das 18h do dia 08 e ficará liberado até às 17h59 do dia 09/11.

Limite de visualizações: Cinco mil

 

“Condado Macabro” (2015) – 08/11, às 20h

Em “Condado Macabro”, um grupo cinco de jovens decide passar um fim de semana numa casa alugada nas proximidades de uma floresta. Os dois jovens e as três amigas estão em busca de descanso. Entretanto, os momentos de prazer, serão transformados em instantes de terror quando um brutal serial killer vestido de palhaço decide brincar com os ocupantes da casa. A produção é uma homenagem aos filmes slashers americanos das décadas de 70 e 80, como “Massacre da Serra Elétrica”. Os diretores Marcos DeBrito e André de Campos Mello não pouparam sangue neste gore brasileiro, que apesar das referências, não deixou de lado sua regionalidade.

*O filme estará disponível a partir das 20h do dia 08 e ficará liberado até às 19h59 do dia 09/11.

Limite de visualizações: Ilimitada

 

“Quando Eu Era Vivo” (2014) – 09/11, às 18h

Em “Quando Eu Era Vivo”, o cineasta Marco Dutra ultrapassa o olhar convencional sobre o medo no terror brasileiro. Com atuações de Antonio Fagundes, Marat Descartes e Sandy Leah, o filme narra a história de Júnior, um homem que volta a morar na casa do pai após o divórcio e a demissão do emprego. Ao chegar na casa que um dia já fora seu lar, ele se sente um estranho e começa a remoer a separação e o desemprego. Depois de achar alguns objetos que pertenciam à sua mãe, Júnior passa a querer saber tudo sobre a história da família e desenvolve uma estranha obsessão pelo passado, passando a confundir delírio e realidade.

*O filme estará disponível a partir das 18h do dia 09 e ficará liberado até às 17h59 do dia 10/11.

Limite de visualizações: Cinco mil

 

 “Terminal Praia Grande” (2020) – 09/11, às 20h

“Terminal Praia Grande” é um terror maranhense que conta a história de Catarina, uma mulher que reencontra o ex-namorado, Francisco, que desapareceu no auge da relação tempos atrás. As explicações dele escondem o verdadeiro motivo do seu sumiço repentino. Durante a festa de despedida de Catarina, que vai se mudar de São Luís, ela engrandece a situação se embebedando. No dia seguinte, apesar de uma ressaca monstruosa, Catarina precisa sair rumo a um encontro com seu verdadeiro destino. ​

*O filme estará disponível a partir das 20h do dia 09 e ficará liberado por 48 horas, até às 19h59 do dia 11.

Limite de visualizações: Ilimitada

 

“A Sombra do Pai” (2019) – 10/11, às 18h

Mais um longa dirigido pela homenageada da semana: “A Sombra do Pai”. Na trama, após o falecimento de sua mãe, a pequena Dalva de 9 anos (muito bem interpretada por Nina Medeiros) é obrigada a virar o adulto da casa quando seu pai adoece. Isso naturalmente cria uma inversão na ordem natural das coisas. A infância se transforma em saga, e a paternidade frustrada em condenação. O filme também traz as atuações de Júlio Machado e Luciana Paes.

*O filme estará disponível a partir das 18h do dia 10 e ficará liberado até às 17h59 do dia 11/11.

Limite de visualizações: Mil

 

“Terra e Luz” (2017) – 10/11, às 20h

Em um cenário pós-apocalíptico em que a humanidade foi dizimada por criaturas semelhantes à vampiros, um homem tenta sobreviver na aridez do sertão, enfrentando noites mortais na esperança de recuperar a sua própria humanidade. A direção e o roteiro de “Terra e Luz” são de Renné França. O elenco é composto pelos atores Rafael Freire, Marcelo Jungmann, Maya dos Anjos e Pedro Otto.

*O filme estará disponível a partir das 20h do dia 10 e ficará liberado até às 19h59 do dia 11/11.

Limite de visualizações: Cinco mil


Rebecca, A Mulher Inesquecível e o remake irrelevante

No episódio 61 do Necronomiconversa, onde falamos do filme Rebecca, a Mulher Inesquecível, dirigido por ninguém mais que Alfred Hitchcock, eu fiz algumas previsões negativas quanto ao remake de Rebecca, e comentei que não estava nem um pouco animado para o filme. Ainda no episódio, prometi que faria a crítica do filme no site, assim que ele saísse, muito que bem, como promessa é dívida aqui estou para falar do remake de Rebecca, um dos meus filmes preferidos do Hitchcock, agora com uma nova roupagem dirigida por Ben Weathley e estrelando Lily James e Armie Hammer, como Mrs. de Winter e Max de Winter, respectivamente.

A refeitura de Rebecca não é um filme ruim, entretanto é um filme sem graça, muito distante em termos de qualidade fílmica e estética do original dirigido por Hitchcock, o que deixa a obra muito apagada em relação à sua versão anterior. Falta na narrativa uma condução diretorial que entregue o suspense que vemos no filme de 1940, que dá todo o tom deste romance obscuro. Narrativa em que há um fantasma que não aparece, e está presente apenas no imaginário dos personagens, que construíam Rebecca de forma tão descritiva e assustadoramente real, o que não acontece nesta nova abordagem.

Falando em filme de assombração sem assombração, como eu aponto durante o episódio, aqui Rebecca precisou ser mostrada, mesmo que não por completo, mas por meio de uma estética onírica que levava a senhora de Winter à uma alucinação com a ex-esposa de seu marido que passeia como um fantasma pelo baile, momento clássico e importantíssimo para a narrativa. Tal sequência é totalmente desnecessária, que denota essa conveniência de filmes atuais em expor demasiadamente para explicar, mesmo que Rebecca seja só mostrada de costas vestindo um vestido vermelho e possuindo longos cabelos pretos. No original apenas a descrição feita pelos personagens da trama bastava para criarmos a imagem de Rebecca em nossas mentes, e através de seus relatos, a ex-esposa de Maxim estava mais presente e visualmente viva do que nunca.

Não havia necessidade de se sustentar em uma criação clichê de aparição para mostrar o quão perturbada está a senhora de Winter, já que o grande acerto da primeira adaptação de Rebecca são suas sutilezas, e Hitchcock deixa nas mãos da, excelente atriz, Joan Fontaine para mostrar sua perturbação quanto a presença, quase que espectral, de Rebecca na vida daqueles que agora ela precisava conquistar.

O filme tem qualidades, uma delas é a composição belíssima de planos aliada ao excelente trabalho de uma direção de arte competente que trouxe no figurino e construção de set o aviso de como os detalhes são importantes para a imersão do espectador e ressaltar a época em que se passa a narrativa, a classe social dos personagens, suas características psicológicas, entre outros detalhes que às vezes passam despercebidos por nossos olhos, mas são muito importantes para a criação daquele universo fílmico que a produção propõe, não tem como não dizer que o filme é lindo imageticamente. A atuação de Lily James também é um ponto positivo, a atriz se esforça, e a forma como a personagem da senhora de Winter se sente é crível e de certo modo tive empatia com a personagem.

Rebecca, uma Mulher Inesquecível versão da Netflix sofreu do mesmo problema que a senhora de Winter, o remake também possui um alguém notável do passado do qual serve como uma assombração e um ponto de referência comparativa. Entretanto, enquanto a senhora de Winter consegue se superar e mostrar que é tão extraordinária quanto Rebecca com suas próprias particularidades, o remake falha e não consegue superar o seu passado, nem mesmo ser relevante, tornando-se mais um filme esquecível do catálogo da Netflix. Acredito que remakes podem sim ser bons, e não precisam ser melhores que os originais, mas o bom remake precisa ser tão relevante quanto o original e trazer novos ares para uma narrativa que de certa forma representa uma narrativa em uma época diferente, infelizmente essa nova versão de Rebecca não se justifica, nem mesmo atualiza o enredo, por isso, o original, de Hitchcock, continua sendo a única adaptação relevante do romance homônimo de Daphne Du Maurier.


CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL PROMOVE MOSTRA MACABRO – HORROR BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO  

Evento gratuito e online com mais de 40 filmes, reúne debates, palestras, cursos, lives e homenagens a referências do gênero, como Zé do Caixão 

O Centro Cultural Banco do Brasil promove de 28 de outubro a 23 de novembro a mostra macaBRo – Horror Brasileiro Contemporâneo, um passeio sinistro pela produção audiovisual de terror 100% brasileira. Serão exibidas 44 produções entre longas e curtas-metragens da nova geração de diretores e diretoras, assim como de nomes consagrados como José Mojica Marins, o Zé do Caixão. As exibições serão gratuitas e online na plataforma darkflix.com.br/macabro, serviço de streaming do gênero Cinema Fantástico.  Os filmes ficarão disponíveis 24 horas e com limite de visualizações no caso dos longas, e durante uma semana, para os curtas. Como forma de diminuir os riscos apresentados pela covid-19, toda a programação será online e contará também com debates e palestras, com inscrições via Sympla, além de cursos e lives no Youtube e Instagram da @blgentretenimento, sem necessidade de inscrição prévia.

O projeto é patrocinado pelo Banco do Brasil e tem produção da BLG Entretenimento. Conta com curadoria de Breno Lira Gomes – curador do festival Maranhão na Tela desde 2007 e de diversas mostras, como a recente “Stephen King – O medo é seu melhor companheiro” – e Carlos Primati, idealizador da mostra “Horror no cinema brasileiro”. A dupla selecionou curtas e longas-metragens produzidos nos últimos cinco anos, entre 2015 e 2019, com data de lançamento até 2020, que continham forte experimentação visual, histórias horripilantes e marcantes.

“A mostra macaBRo – Horror Brasileiro Contemporâneo vem para celebrar esse cinema cheio de coragem e vontade de encontrar o seu público. E principalmente, de narrar uma boa história de terror essencialmente brasileira, com temáticas ligadas à nossa cultura. O cinema brasileiro não é feito apenas de um tipo de filme e essa é uma boa oportunidade de valorizarmos ainda mais a recente produção do gênero no país. A mostra é fruto de uma produção atual e pulsante, que reúne uma nova geração de diretores e diretoras, que estão vendo a chance de experimentar dentro da linguagem cinematográfica, lado a lado com nomes já consagrados como o grande mestre José Mojica Marins, o eterno Zé do Caixão”, explica o curador Breno Lira Gomes.

Entre os longas-metragens, destacam-se produções que lançaram nomes de relevância no cenário do cinema nacional atual, como o premiado “Morto Não Fala”, de Dennison Ramalho, exibido em mais de 40 festivais no mundo e protagonizado por Daniel de Oliveira, Fabíula Nascimento e Bianca Comparato, “O Animal Cordial”, de Gabriela Amaral Almeida, com Luciana Paes, Murilo Benício e Irandhir Santos, “Sem Seu Sangue”, de Alice Furtado, que estreou no Festival de Cannes, e o aguardado “O Cemitério das Almas Perdidas”, de Rodrigo Aragão. Também estão na lista “Quando Eu Era Vivo”, de Marco Dutra, Terminal Praia Grande”, de Mavi Simão, “O Clube dos Canibais”, de Guto Parente, “A Casa de Cecília”, de Clarissa Appelt, “Condado Macabro”, de André de Campos Mello e Marcos DeBrito, “Mal Nosso”, de Samuel Galli, entre outros.

Já os curtas-metragens vão integrar sessões homenagens com quatro mini retrospectivas de nomes que se destacaram nos últimos anos no gênero. O público poderá conferir os filmes “O hóspede”, “Não tão longe”, “O desejo do morto”, “Cova aberta”, “Mais denso que o sangue” e “Os mortos”, da produtora paraibana especializada em filmes de gênero Vermelho Profundo; “Uma primavera”, “A mão que afaga” e “Estátua”, da cineasta Gabriela Amaral Almeida; “Nocturnu”, “Amor só de mãe” e “Ninjas”, do diretor Dennison Ramalho; além de quatro curtas, sendo um dirigido e um codirigido pelo também homenageado Zé do Caixão: “O saci”, “Coffin Joe’s Heart Of Darkness, de Marcelo Colaiacovo, Nilson Primitivo e José Mojica Marins, com trechos inéditos, “Tirarei as medidas do seu caixão”, de Diego Camelo, e “A lasanha assassina”, animação com voz de Mojica e direção de Ale McHado. 

Serviço:

Mostra macaBRo – Horror Brasileiro Contemporâneo

Realização: Centro Cultural Banco do Brasil

Curadoria: Breno Lira Gomes e Carlos Primati

Data: De 28 de outubro a 23 de novembro

As exibições serão gratuitas e online na plataforma: darkflix.com.br/macabro

Os filmes ficarão disponíveis 24 horas e com limite de visualizações no caso dos longas, e durante uma semana, para os curtas

Debates e palestras com inscrições via Sympla

Cursos e lives disponíveis no Youtube e Instagram da @blgentretenimento, sem necessidade de inscrição prévia