Todos nós estamos suscetíveis a sofrer algum tipo de trauma, isso pode acontecer durante nossas vidas. Algumas vezes são coisas naturais, outras são infligidas por pessoas. O gênero de horror consegue extrair tudo que o ser humano é, e também trabalhar os traumas dentro do seu enredo.
Recentemente assisti ao curta brasileiro de horror chamado Náusea escrito e dirigido por Thomas Webber que trabalha muito bem com a questão dos traumas. Ele me fez refletir sobre como lidamos com isso e como isso pode ou foi tratado no cinema de horror.
Se você for ouvinte do Necronomiconversa sabe o quanto eu gosto do cinema de Ari Aster e de como ele consegue levar para a tela os traumas que enfrentamos na vida. Em Hereditário temos uma família que está passando por um trauma da perda de um ente querido e logo em seguida vemos de novo os personagens lidando com a morte. No seu segundo filme, Midsommar, temos toda a trama engendrada em como a personagem sofre com o trauma, se vê obrigada a enfrentar a morte e o caminho que ela faz para superar esse trauma. Com isso vemos que o cinema de horror que Ari Aster nos propõe reflete como somos suscetíveis a traumas e superamos eles de alguma forma, seja pelo sobrenatural ou não.
Sempre que eu penso que um filme de horror é bom ou não eu penso em como ele consegue discutir diversos assuntos e mesclar diversos gêneros em um filme só. Nos dois filmes vemos como o diretor consegue, além de discutir as questões dos traumas na sua trama, mescla muito bem o cinema de horror com o drama.
[…] conversamos aqui de como o horror pode utilizar traumas no seu enredo e também de como O Homem Invisível conseguiu fazer um bom filme de horror […]