Autor: <span>Tangerina</span>

O segredo da floresta

O segredo da floresta (behind the trees) é um filme de 2019 do diretor Vikram Jayakumar. Ele apresenta um casal de Los Angeles que parte para uma viagem romântica em um resort na India. Lá, acidentalmente presencia um exorcismo em uma garota de 11 anos. Decidem então que precisam tomar alguma atitude. O filme inicia com…


Eu vi o diabo

Tivemos o grande sucesso de Parasita, o quê talvez tenha feito algumas pessoas olharem para o cinema sul-coreano. Levando isso em consideração, tenho uma ótima recomendação que foi lançada lá nos confins de 2010. Quando você olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você. – Friedrich Nietzsche Em Eu vi o diabo…


O exorcista e o caso Roland Doe

O livro de William Peter Blatty (lançado aqui atualmente pela editora Harper Collins) e o filme dirigido por William Friedkin de 1973, O Exorcista, usou de algumas fontes para criar aquela história. O filme foi um fenômeno e impressionou ao mostrar uma garota de 12 anos possuída pelo demônio, capaz de virar o pescoço e…


Filmes para assistir em quarentena (e entender um pouco a pandemia)

Imagino que muitos de vocês em algum momento nos últimos dias pensou: “isso tudo parece coisa de filme!” Viver uma pandemia nessa escala, sempre foi algo muito possível mas inimaginável. Vivermos situações como a de muitos filmes é surreal, então esta lista além de entreter em tempos de quarentena, pode nos dar uma perspectiva maior…


Parasita

Parasita é considerado um fenômeno de crítica. O filme conquistou prêmios importantes como no festival de Cannes e SAG awards.

No domingo, dia 09, fez história e se tornou o primeiro filme de não língua inglesa, a vencer o prêmio de melhor filme no Oscar. Além do principal prêmio da noite, o filme conquistou as estatuetas de melhor direção, roteiro original e filme estrangeiro.

Mas toda essa aclamação se deve à qual motivo?

Bong Joon-ho diretor de filmes como Okja, Expresso do amanhã e Memórias de um assassino, sempre demonstrou um grande senso crítico em relação à sociedade. Em Parasita, a diferença sócio-econômica retratada chega a doer. E piora quando pensamos que este abismo social é a principal causa dos problemas urbanos no mundo.

Temos de um lado a família Kim, que se encontra no mais baixo nível social. Isto é representado pelo lugar em que vivem, uma casa que fica abaixo da superfície. Essa família, busca formas alternativas de conseguir coisas básicas e só está esperando um oportunidade para mudar de vida. Essa oportunidade para subir os degraus na escala social, surge através de um emprego na casa da família Park, que são o retrato perfeito do sucesso e riqueza. 

Estas duas famílias quando se encontram, têm o primeiro exemplo parasitário representado no filme, um sugando algo do outro. Para os Kim, sua ambição e esperança por uma vida melhor é alimentada através da família rica. Para os Park, seus luxos e uma vida que não exige qualquer esforço mundano é fornecida pelo trabalho da família pobre.

É inegável o quanto é prazeroso ver a família Kim, se sustentando de quem tem muito mais do que precisa, mesmo que isso seja a base de muita enganação. Mas ao mesmo tempo, isso derruba pessoas que vivem na mesma situação que eles e esse esquema deflagra uma situação parasitária muito maior. Como os Kim não acreditam que é possível que devam coexistir com este Parasita, um problema surge. Temos então um embate de pessoas que na verdade deveriam se ajudar e isso é o estopim de uma série de acontecimentos que levam ao clímax do filme. 

O diretor Bong Joon-ho ao descrever o que pensou sobre o filme disse:

“Existem pessoas que estão lutando muito para mudar a sociedade. Eu gosto dessas pessoas e sempre estou torcendo por elas, mas fazer o público sentir algo nu e cru é uma das maiores forças do cinema. Eu não estou fazendo um documentário ou propaganda aqui. Não é sobre dizer a você como mudar o mundo ou como deva agir por que algo é ruim, mas ao invés disso mostrando algo terrível, uma explosão de uma realidade muito pesada. É isso que eu acredito ser a beleza do cinema.”

No fim das contas o diretor, mostrando a realidade nua e crua da sociedade, colabora para que se dissipe a névoa que está na maioria dos olhos. Mesmo de forma explícita em cenas que os Parks demonstram uma superioridade realmente baixa ou através de metáforas como as escadas que sobem e descem. Ou então com o Parasita quase literal que pode estar em qualquer lugar. Ou ainda, como muitas vezes, quem deveria se apoiar, briga para defender quem já tem muito. No final do filme, percebemos que a esperança pode ser um motivador, mas quando se está na mais baixa camada, nem toda inteligência e trabalho duro pode te tirar de lá.  

 


Don’t f*** with cats: uma caçada online

Don’t fuck with cats: uma caçada online ( em tradução livre: Não mexa com gatos) é uma minissérie documental de três episódios da Netflix sobre a caçada a um assassino através da internet (sim, o título é bem autoexplicativo). Apesar de ser uma história sobre um crime real, o documentário segue uma narrativa investigativa que inclui…