“Janela Indiscreta” de Alfred Hitchcock é um dos clássicos do cinema mundial. Conta uma história de um homem fotógrafo que por conta de um acidente fica preso dentro de casa com um único passatempo: olhar as pessoas da vizinhança através da sua câmera.
Em 2007 temos o filme de D. J. Caruso “Paranóia” que tem como enredo um jovem que perdeu o seu pai e que está preso em em sua casa depois de agredir o seu professor na escola.
“A Mulher na Janela”, filme de Joe Wright chegou a Netflix e também tem como premissa a vida de uma pessoa que está trancafiada dentro de casa por causa de uma fobia que não deixa com que ela saia. E assim como nos filmes já citados, Ana (Amy Adams) uma psicóloga infantil, presencia um crime através da sua janela e depois disso busca resolver e prender o responsável.
Há planos referenciais nítidos ao filme de Hitchcock, inclusive com algumas personagens com características que são reconhecíveis para quem já viu “Janela Indiscreta”, como o músico, por exemplo.
Para além da referência “A Mulher na Janela” não tem muito para nos mostrar. Tudo é muito previsível, desde quando conhecemos Ana ja podemos prever toda a sua história, mesmo que o filme tente fazer algum suspense em relação ao que levou a personagem chegar até aquele ponto, nos primeiros minutos da sua interação já entendemos tudo o que aconteceu com ela. Não que todo o filme precise surpreender, mas quando ele pretende fazer isso e falha é algo extremamente frustante.
Não só nessas previsibilidades que o filme falha, não há construção de nenhum dos personagens importantes na narrativa. Tudo parece superficial demais, nenhum personagem é desenvolvido e isso leva o espectador a não se importar com ninguém daquela história.
O filme é baseado em um livro de AJ Finn, nunca o li, mas não deve ser muito difícil ser melhor do que o que vimos na sua adaptação.