O Homem Invisível livro de H.G Wells de 1897 já foi adaptado para o cinema em 1933 e desde que foi anunciado uma nova versão em 2020 com Elisabeth Moss no papel principal, expectativas altas para o filme foram criadas. O que também ajudou a manter essa expectativa alta foram as imagens, teasers e trailers que recentemente chegaram até nós. Fomos assistir ao filme e vamos dizer se o filme cumpriu com o que prometeu. 

Cecília está lidando com um relacionamento abusivo com seu ex namorado, decide fugir e depois de algumas semanas recebe notícias de que ele havia se suicidado. Quando finalmente acredita que estar livre do abusador ela começa a ser atormentada por uma presença invisível, a qual ela acredita ser o seu ex namorado que trabalhava com tecnologia e poderia ter criado uma forma de se tornar invisível somente para aterrorizar a sua vida e continuar perseguindo-a. 

 

O filme é extremamente tenso desde a primeira até a última cena, poucas vezes me senti tão desconfortável assistindo algum filme como eu me senti vendo O Homem Invisível. Todas as jogadas de câmeras, a trilha sonora e a falta dela contribui para esse clima de agonia do filme. 

Algo que também contribuiu para o clima tenso do filme e todo o horror da história é a questão do abuso. Cecília passa por diversas situações que nós reconhecemos que existem na realidade, provavelmente já presenciamos ou já ouvimos casos como os descritos e expostos na tela. Tudo isso para nos mostrar que o verdadeiro horror é real e que muitas mulheres infelizmente passam por situações semelhantes no dia a dia. 

O que também merece destaque no filme é a atuação de Elisabeth Moss que consegue passar toda a emoção e todo o desespero de uma forma que em muitos momentos você nem consegue respirar. 

Eu adorei o filme e com certeza esse vai ser um dos melhores filmes do cinema de horror desse ano. Não só por discutir questões importantes nos dias de hoje, mas por ter conseguido criar uma tensão e utilizar muito bem os mecanismos do gênero para fazer um bom filme.