Pensei no que publicar nesse primeiro texto de Halloween do blog Necronomiconversa e cheguei a conclusão de que eu quero falar sobre a morte, mais especificamente sobre o livro Confissões do Crematório da Caitlin Doughty.

Antes de começar o texto sobre o livro eu queria falar um pouco sobre como eu comecei a pensar na morte. Eu já citei aqui que sou um grande fã de Raul Seixas, então muitas das coisas que conheci vieram de perguntas e pensamentos sobre as músicas dele. O Raul tem uma música chamada “Canto para a minha morte” onde ele divaga sobre como a vida é frágil e que nunca sabemos de fato quando vamos sentir o “amargo beijo da morte” e para ser sincero esse foi uma das coisas que mais pensei lendo o livro.

Você vai morrer. Não sei qual a sua relação ou seu pensamento sobre a morte, mas ela vai acontecer, mais cedo ou mais tarde. E por ser algo natural e tão presente na nossa vida você não só tem que aprender a conviver com isso, como também lidar melhor com a morte, e o livro Confissões do Crematório ajuda muito nessa questão.

O livro reúne relatos e reflexões da autora sobre a morte. Além de explicações detalhadas do que acontece com um corpo pós morte dentro da funerária, todos os processos de cremação e de outros rituais possíveis. A princípio tudo que ela narra causa um estranhamento, mas ao decorrer do livro você não só se acostuma como começa a compartilhar da visão de Caitlin Doughty de que tudo aquilo é normal e que todo o processo de morte e os procedimentos dela são comuns.

Pra mim Confissões do Crematório foi um dos melhores livros que li no ano, me ajudou muito nas reflexões sobre a morte e é um livro que eu recomendo fortemente a todos os seres vivos deste mundo (e de outros também).

Se você ficou curioso pra ler o livro você pode adquirir ele aqui.